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Cresce número de vagas na arbitragem
da Reportagem Local
Passar os finais de semana em
campo não é atividade exclusiva
das jogadoras. Com o crescimento
do futebol feminino, as oportunidades de trabalho para árbitros do
sexo feminino também aumentou.
Não que antes elas não pudessem
apitar jogos masculinos, mas a
projeção da modalidade atraiu as
mulheres para a arbitragem.
Ainda são poucas no ramo. No
quadro de árbitros da Federação
de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, a proporção é
de 600 homens para 8 mulheres.
Cleide Rocha, 40, que foi a primeira mulher a integrar o quadro
oficial da Federação Paulista de
Futebol (FPF), em 1984, diz que foi
a partir de 1997, quando o futebol
feminino apareceu com mais força, que as mulheres passaram a
apitar com uma frequência maior.
Cleide apita jogos masculinos e
femininos e diz que as oportunidades estão aumentando porque o
preconceito já é menor. Nos quatro meses do ano passado que concentraram o maior número de jogos, ela ganhou R$ 10 mil.
Segundo Paula Teophilo, 19, estudante de educação física que
atua no ramo há três meses, as jogadoras, em geral, preferem que o
jogo seja apitado por uma mulher,
porque o diálogo é melhor.
Preconceito
"Ainda existe um preconceito
muito grande em relação a atuação
das mulheres no futebol. Mas é
uma boa hora para entrar na profissão. O futebol feminino está
crescendo, e o número de profissionais ainda não é suficiente."
A remuneração é variável e depende do torneio, mas, geralmente, é de R$ 50 por partida.
Paula começou como bandeirinha e hoje apita oito jogos por semana. Segundo ela, para se dar
bem na profissão, é preciso bom
preparo físico e raciocínio rápido.
Para atuar oficialmente, é preciso
fazer o curso, oferecido nas federações. Na FPF, o curso tem duração
de dez meses e custa um salário
mínimo por mês. Para se inscrever
é preciso ter entre 16 e 25 anos e altura mínima de 1,65 m (para as
mulheres) e de 1,75 m (homens).
Federação Paulista de Futebol: tel. (011)
3107-7551.
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