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"Cheerleader" ganha a vida dançando
da Reportagem Local
Elas não jogam nem apitam as
partidas, mas tiram do mais popular esporte brasileiro seus empregos. As "cheerleaders" (animadoras de torcida), que nos EUA são
uma atração fixa nos eventos esportivos, já são o destaque dos intervalos dos jogos dos Campeonatos Paulista e Brasileiro.
Com o objetivo de aumentar o
poder de atração dos jogos -ou
seja, fazer com que fossem um programa mais completo, com outros
eventos além da partida-, a Federação Paulista de Futebol decidiu,
em 1997, formar um grupo de
"cheerleaders" que fizesse shows
nos intervalos dos jogos.
Hoje a equipe já conta com 100
meninas cadastradas, das quais 60
trabalham com mais frequência.
Assim como o salário das jogadoras, o das "cheerleaders" também é variável e depende muito de
patrocinador. Elas ganham cerca
de R$ 60 por apresentação, mas,
quando uma empresa fecha um
contrato exclusivo, o ganho é mensal e, na maioria das vezes, maior.
Teste de dança
Segundo Viviane Freire, coordenadora da equipe, durante o Campeonato Paulista acontecem de
três a quatro apresentações por semana, assim como no Brasileiro.
São feitos dois recrutamentos
por ano. Para entrar no time, é preciso ter um bom preparo físico, beleza, talento para a dança e idade
superior a 18 anos.
Na época dos torneios mais importantes, a equipe treina diariamente. As coreografias são variadas e vão do funk ao axé.
Para entrar na equipe das "cheerleaders", Vanessa Fusco, 18, fez
teste de dança e teste prático, ou
seja, apresentações nos jogos, para
que verificassem qual seria o seu
comportamento diante da torcida.
"Danço desde pequena e sei que
tenho essa habilidade. E misturar a
dança com o futebol é demais porque os torcedores ficam loucos. E
todos, dentro de um estádio enorme, levantam para aplaudir."
Para Vanessa, é um trabalho que
exige cuidado porque é preciso
treinar muito, cumprir os horários
e manter-se "na linha", sem descuidar da beleza e do corpo.
Quanto aos possíveis desrespeitos verbais da torcida, Vanessa diz
não se incomodar. "Danço para
quem quer me ver, me elogiar. Se
alguém fala alguma barbaridade,
olho para o lado e me concentro
em dançar para os torcedores que
estão felizes em me ver."
Recrutamento: tel. 253-0944.
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