São Paulo, domingo, 07 de julho de 2002

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PERSPECTIVAS

Em alta, setores de venda direta e de seguros acenam com autonomia e vagas

Crescimento à vista e a prazo

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Quem garimpa atividades em expansão na área de vendas vai encontrar oportunidades em dois segmentos considerados promissores: venda direta e seguros.
Caracterizada pela revenda de produtos da fábrica diretamente para o consumidor final, a venda direta (ou porta a porta) abrange setores como cosméticos, perfumaria, higiene, produtos de limpeza, utensílios, roupas e jóias.
"O mais interessante é que possibilita liberdade e autonomia", diz Paulo César Quaglia, 45, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas e diretor jurídico da Avon, líder de vendas diretas no Brasil. "O vendedor não emite nota fiscal nem paga impostos, pois são responsabilidade da fornecedora."
No primeiro trimestre de 2002, a venda direta no país teve crescimento de 12,2% em faturamento em relação ao mesmo período de 2001. O bom desempenho é atribuído principalmente ao segmento de cosméticos e perfumaria, responsável por 86% do mercado.
O Brasil ocupa a sexta posição em consumo nesse nicho. A líder Avon conta hoje com 730 mil revendedoras no país, seguida da Natura, que contabiliza 300 mil.
"A venda direta é essencial para fazer um atendimento personalizado", diz Andréa Sanches, gerente de marketing da Natura.
Para a revendedora da Avon Maria da Fonseca do Carmo, 45, os resultados obtidos são "satisfatórios". "É como se eu tivesse um shopping nas mãos", conta a profissional, que já alcançou um lucro de R$ 6.000 em um mês.
"Cosméticos e perfumaria ampliaram o faturamento líquido de R$ 5,5 bilhões, em 1997, para R$ 8,3 bilhões em 2001", afirma João Carlos da Silva, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Perfumaria e Cosméticos.

Leque de seguros
No ramo de seguros, a avaliação não é diferente. "É a profissão do futuro", resume Leôncio Arruda, 46, presidente da Federação Mundial de Corretores de Seguros.
Exercida principalmente por profissionais liberais e pessoas jurídicas, a carreira conta com cerca de 70 mil profissionais hoje. O número deve dobrar em cinco anos.
No passado, o corretor de seguros era vinculado a uma única seguradora ou, no máximo, duas. Hoje é um consultor dos clientes e oferece serviços variados, o que aumenta a chance de negócios.
Outro fator que impulsiona a carreira é a atuação ampla em áreas como seguro de vida, saúde, trabalho, residência e planos de previdência, entre outras. "Os nichos que mais devem crescer são os de seguro de vida e planos de previdência", avalia Arruda.
Enquanto isso não acontece, a principal carteira de clientes do corretor de seguros continua sendo a de automóveis, atualmente responsável por 36% do faturamento geral de seguros no Brasil.
Segundo a Federação Nacional de Corretores de Seguros, a atividade rende ao corretor uma margem de 10% a 20% de lucro sobre cada contrato. (ISABELA LEAL)

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