São Paulo, domingo, 08 de fevereiro de 2004

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Ocupações de produção se destacaram entre grupos pesquisados; operador de torno revólver foi o campeão

"Chão de fábrica" conquista maior aumento

Fernando Moraes/Folha Imagem
Farmacêuticos tiveram somente 0,02% de reajuste no ano passado, o menor índice entre todas as categorias; área receberá dissídio de 2003 neste ano


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As ocupações ligadas à produção são as que mais se destacam na pesquisa Bolsa de Salários de 2003, considerando os dez grupos em que o instituto Datafolha distribui os cargos que investiga.
Os principais índices de reajuste dos salários ocorrem nas chamadas funções de "chão de fábrica", como a de operador de torno revólver, que teve a melhor média entre as 418 posições analisadas -29,93% de variação salarial.
A reposição obtida pelos metalúrgicos no ano passado ajuda a entender o resultado. Depois de tumultuadas negociações entre empresas (sindicato patronal) e sindicato profissional, a categoria teve 10,26% de dissídio em janeiro, 10% de antecipação divididos em três partes (nos meses de junho, julho e agosto) e 8,1% de complemento em novembro.
O mesmo quadro foi revelado na pesquisa Datafolha de 2002, quando as ocupações da produção tiveram o maior reajuste médio (8,8%) -índice inferior à inflação daquele ano. A função campeã naquele ano foi a de caldeireiro, com variação de 11,99%.
O grupo das chefias (14,02%), também impulsionado pelos reajustes na indústria e pela média obtida por cargos como o de líder de montagens mecânicas, aparece na segunda posição entre os grupos de ocupação, seguida pelos assessores e assistentes (13,28%).
Nessa categoria, pelo menos no que se refere à porcentagem de aumento salarial, de acordo com a pesquisa, foi melhor ser assessor de diretoria do que de presidência em 2003. Os primeiros reforçaram a carteira com 17,93%, enquanto os últimos receberam apenas 9,14% de reajuste, índice inferior à inflação (10,15%).
Os analistas, os cargos de nível médio e os ajudantes e auxiliares tiveram índices médios praticamente idênticos de dezembro de 2002 a dezembro de 2003. Nenhum dos grupos de ocupação registrou variação menor do que a inflação do período.



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