São Paulo, domingo, 09 de maio de 2010

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Empregadas têm medo de serem substituídas após afastamento

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Algumas mulheres sentem medo de se ausentar do trabalho e perder o espaço alcançado. É o que afirma Paulo Queija, diretor da MQS Consultoria e Treinamento Empresarial.
A preocupação depende do ambiente de trabalho. Há empresas que estimulam comportamento mais agressivo e competitivo entre os colegas. Depois de conquistar um cargo de prestígio, as funcionárias ficam receosas de se afastar por muito tempo e serem substituídas.
Foi o que aconteceu com Soraia Hedjazi, 31, gerente de atendimento de uma empresa de logística internacional. Em sua primeira gravidez, foi promovida. Na segunda, no entanto, liderava uma equipe de mais de 50 pessoas e foi substituída por uma colega.
Mesmo com medo de perder seu espaço, afastou-se por quatro meses -mas acompanhava a dinâmica da empresa por telefone e e-mail. Ao final da licença-maternidade, contudo, não voltou para o cargo que ocupava. "Estou feliz no meu novo posto, mas tenho dúvidas quanto aos motivos que a empresa teve ao me realocar."
Em geral, esse tipo de pressão do ambiente de trabalho é mais comum sobre cargos de chefia, pois a empresa cobra produtividade mesmo com o afastamento da funcionária, explica o consultor.
Já Bianca Dreyer, 31, analista de comunicação da Vivo, está feliz por ter voltado ao emprego há 15 dias. "Meu coração fica dividido ao sair de casa e deixar meu bebê, mas não posso anular a importância que meu trabalho tem para mim", afirma.


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