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Empregadas têm medo de serem substituídas após afastamento
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Algumas mulheres sentem
medo de se ausentar do trabalho e perder o espaço alcançado. É o que afirma Paulo Queija,
diretor da MQS Consultoria e
Treinamento Empresarial.
A preocupação depende do
ambiente de trabalho. Há empresas que estimulam comportamento mais agressivo e competitivo entre os colegas. Depois de conquistar um cargo de
prestígio, as funcionárias ficam
receosas de se afastar por muito tempo e serem substituídas.
Foi o que aconteceu com Soraia Hedjazi, 31, gerente de
atendimento de uma empresa
de logística internacional. Em
sua primeira gravidez, foi promovida. Na segunda, no entanto, liderava uma equipe de mais
de 50 pessoas e foi substituída
por uma colega.
Mesmo com medo de perder
seu espaço, afastou-se por quatro meses -mas acompanhava
a dinâmica da empresa por telefone e e-mail. Ao final da licença-maternidade, contudo,
não voltou para o cargo que
ocupava. "Estou feliz no meu
novo posto, mas tenho dúvidas
quanto aos motivos que a empresa teve ao me realocar."
Em geral, esse tipo de pressão do ambiente de trabalho é
mais comum sobre cargos de
chefia, pois a empresa cobra
produtividade mesmo com o
afastamento da funcionária,
explica o consultor.
Já Bianca Dreyer, 31, analista
de comunicação da Vivo, está
feliz por ter voltado ao emprego
há 15 dias. "Meu coração fica dividido ao sair de casa e deixar
meu bebê, mas não posso anular a importância que meu trabalho tem para mim", afirma.
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