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São Paulo, domingo, 09 de novembro de 2003

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BENEFÍCIOS

EDUCAÇÃO

Menu de aperfeiçoamento oferecido pelas empresas não se limita mais a cursos técnicos e de idiomas; inclui, por exemplo, aulas de dança e de pintura

Treinamento põe holismo em pauta

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Antes preso à área de atuação do trabalhador, o treinamento profissional já começa a ser encarado de forma mais holística. Cursos de idiomas e especializações caminham ao lado de atividades como aulas de dança, pintura, feng shui (arte chinesa de criar ambientes harmoniosos) ou meditação. O objetivo é o equilíbrio.
Pesquisa de salários e benefícios da consultoria Deloitte Touche Tohmatsu com 81 empresas brasileiras mostrou que 81% delas afirmam já desenvolver programas ligados à qualidade de vida.
Na Redecard, os funcionários têm aulas de pintura com uma artista plástica em um ateliê dentro da empresa. "Descobrimos muitos talentos ocultos", diz a gerente de RH, Martha Campos. A idéia gerou, segundo ela, vários subprodutos, entre eles, integração.
Em geral, os programas são implementados após pesquisas internas em que os gestores detectam os anseios das equipes. "As políticas vêm se modificando para acompanhar as mudanças na demografia das empresas", analisa Andrea Huggart-Caine, da consultoria Huggartcaine. Assim, o avanço das mulheres na formação dos quadros e nos postos de chefia foi direcionando mais benefícios a elas (veja à pág. 6).

Do "boy" ao presidente
Até os cursos de reciclagem "tradicionais" vêm sendo adaptados. Ficaram "independentes", ou seja, não estão mais necessariamente atrelados à atividade do funcionário. Além disso, se deslocaram para dentro das empresas.
"Se, por um lado, perde-se um pouco na diversidade de estudar com alunos de outras empresas, por outro, há um ganho. O maior empecilho do executivo, que é a falta de tempo, é vencido. Os preços dos cursos "in company" também são mais baixos", diz Aline Franco, da Fesa Global Recruiters.
No BankBoston, que tem uma das escolas corporativas mais conceituadas do mercado, os cursos vão além de idiomas e MBA: danças de salão, feng shui e etiqueta fazem parte do menu, extensivo à família do profissional.
Quem opta por um MBA pode estudar dentro da empresa com professores da FGV e da USP, por exemplo. Os cursos têm módulos no Brasil e no exterior. E as oportunidades não estão abertas só para altos cargos. "Há opções de cursos desde o "boy" até o presidente", diz Flavio De Marco, superintendente de RH do banco.


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