São Paulo, domingo, 11 de julho de 2004

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Responsabilidade social se faz em casa

DA REPORTAGEM LOCA

A butique paulistana Daslu rema contra a maré da diminuição dos berçários. Há três anos, emplacou a ação interna Vila das Crianças, um espaço criado para receber filhos de funcionárias.
"Temos 670 colaboradores e 88% são mulheres. Por isso sempre nutrimos a preocupação de criar uma creche aqui", conta Carmen Bicudo, 52, coordenadora de responsabilidade social.
O primeiro passo foi dado em 2001, quando Eliana Tranchesi, proprietária, abriu mão de um montante de dinheiro coletado entre funcionários para lhe comprar um presente de aniversário.
"Ela me entregou R$ 5.000 e disse que era o início da creche. Abrimos o espaço seis meses depois, com 36 crianças", conta Bicudo.
Para reduzir os custos, o trabalho voluntário é o motor da creche. "Temos 40 voluntários, entre funcionários, clientes e amigos. Eles dão aulas de inglês, de balé e de capoeira e oferecem tratamento dentário e fonoaudiológico, reforço escolar. Muita gente ajuda."
Hoje, a Vila das Crianças atende 126 filhos de funcionárias com idade entre quatro meses e 12 anos. "Se fosse para não ter trabalho, daríamos auxílio-creche. Mas transformar essas crianças é nossa ação de responsabilidade social", esclarece a coordenadora.
Também adepta da filosofia que "arrumar a casa" é mais importante do que fazer caridade lá fora, Esther Schattan, 40, diretora da Ornare, espera "quórum mirim" para abrir sua creche. "O primeiro "baby boom" foi neste ano. Quero ter um berçário aqui."


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