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São Paulo, domingo, 12 de outubro de 2003

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Lista eletrônica pode ser usada para captar especialistas

Triagem por histórico já acontece para preencher cargos específicos

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto algumas consultorias começam a encarar o governo como um cliente em potencial, recorrer ao serviço delas ainda não faz parte dos planos da maioria dos órgãos governamentais brasileiros. No entanto, novas práticas de seleção já são delineadas dentro da gestão pública.
Se antes a indicação de caráter político era o fator mais determinante para a contratação, hoje a preocupação com a experiência e o perfil profissionais está mais disseminada no preenchimento dos cargos comissionados.
A "chamada de currículo" -jargão utilizado no setor público para definir a recepção e a triagem de currículos de potenciais candidatos, mais empregada na iniciativa privada- já é realidade em órgãos governamentais.
No Ministério da Integração Nacional, por exemplo, a caça aos talentos via currículo e rastreamento de carreira tem sido utilizada na formação de equipes.
O coordenador-geral de convênios do Departamento de Gestão Interna, Maurício Gomes, 34 -que enfatiza não possuir parentesco com o ministro Ciro Gomes- foi um dos que optaram pelo modelo diferenciado quando assumiu o cargo, há seis meses.
"Precisávamos de profissionais com formação específica em gestão pública. Para buscá-los, publicamos as oportunidades que existiam no ministério em listas de discussão da área", conta.
O método, que não é regulamentado, surtiu resultados. Nos últimos seis meses, cerca de dez posições de livre provimento foram preenchidas dessa forma no ministério, diz o coordenador.
Segundo Regina Luna, diretora do Departamento de Análise e Monitoramento da Força de Trabalho do Ministério do Planejamento, está em avaliação no governo o "embrião de um projeto que vai repensar os métodos de captação de talentos".
Para ela, entretanto, a contratação de consultorias externas para tais fins está longe de acontecer. "Não é de fato necessário utilizar um "headhunter" profissional. Um possível caminho é treinar a mão-de-obra da própria máquina do Estado que já for experiente em recursos humanos", diz.



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