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Lista eletrônica pode ser usada para captar especialistas
Triagem por histórico já acontece para preencher cargos específicos
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto algumas consultorias
começam a encarar o governo como um cliente em potencial, recorrer ao serviço delas ainda não
faz parte dos planos da maioria
dos órgãos governamentais brasileiros. No entanto, novas práticas
de seleção já são delineadas dentro da gestão pública.
Se antes a indicação de caráter
político era o fator mais determinante para a contratação, hoje
a preocupação com a experiência
e o perfil profissionais está mais
disseminada no preenchimento
dos cargos comissionados.
A "chamada de currículo"
-jargão utilizado no setor público para definir a recepção e a triagem de currículos de potenciais
candidatos, mais empregada na
iniciativa privada- já é realidade
em órgãos governamentais.
No Ministério da Integração
Nacional, por exemplo, a caça aos
talentos via currículo e rastreamento de carreira tem sido utilizada na formação de equipes.
O coordenador-geral de convênios do Departamento de Gestão
Interna, Maurício Gomes, 34
-que enfatiza não possuir parentesco com o ministro Ciro Gomes- foi um dos que optaram
pelo modelo diferenciado quando
assumiu o cargo, há seis meses.
"Precisávamos de profissionais
com formação específica em gestão pública. Para buscá-los, publicamos as oportunidades que existiam no ministério em listas de
discussão da área", conta.
O método, que não é regulamentado, surtiu resultados. Nos
últimos seis meses, cerca de dez
posições de livre provimento foram preenchidas dessa forma no
ministério, diz o coordenador.
Segundo Regina Luna, diretora
do Departamento de Análise e
Monitoramento da Força de Trabalho do Ministério do Planejamento, está em avaliação no governo o "embrião de um projeto
que vai repensar os métodos de
captação de talentos".
Para ela, entretanto, a contratação de consultorias externas para
tais fins está longe de acontecer.
"Não é de fato necessário utilizar
um "headhunter" profissional.
Um possível caminho é treinar a
mão-de-obra da própria máquina
do Estado que já for experiente
em recursos humanos", diz.
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