free-lance para a Folha

Primeiro passo: você já descobriu que precisa continuar estudando e se aperfeiçoando, não só em sua área de formação. Segundo passo: precisa saber onde e como deve investir suas fichas.
Quando for escolher um curso, o importante é ter claros seus objetivos de carreira para poder avaliar qual o programa que melhor se encaixa em seus planos.
"É importante ganhar um pouco de experiência profissional, antes de se dedicar aos cursos, para que possa aproveitá-los", diz Mauricio Franco, 34, sócio da Simon Franco & Opportunity.
Para ele, o profissional tem de ouvir primeiro sua vocação, traçar seu caminho dentro da empresa e reconhecer os seus pontos fracos e as áreas que são mais fortes dentro da corporação.
"É preciso escolher um curso que realmente contribua. Não dá para sair fazendo qualquer um, senão corre o risco de demonstrar que não tem um foco, uma meta de carreira", afirma Lizete Araújo, 40, do Grupo Catho.

Visão
Mesmo para quem se dedica a uma área mais técnica, é importante não se restringir ao próprio setor de atuação. Mas, primeiro, é bom ter uma especialidade.
"Para um profissional recém-formado, com até quatro anos de experiência, o ideal é que busque uma excelência técnica em sua área e torne-se um especialista. Depois, com o crescimento da carreira, tem de fazer um curso que lhe dê uma visão mais generalista", afirma Laís Passarelli, 43, da Passarelli Consultores.
Ela indica cursos de finanças, administração, recursos humanos e marketing para todos os profissionais. "São interessantes porque ampliam a visão. O especialista fica sabendo como as outras áreas da empresa funcionam e pode lidar melhor com elas."
Laís recomenda os cursos do tipo MBA ("Master in Business Administration") para quem quer dirigir algum negócio que seja focado em uma visão mais estratégica. "São muito valiosos para ter mais competitividade no mercado", afirma Laís.
"São cursos importantes, mas é preciso cuidado na hora de escolher porque nem todos passam uma visão geral administrativa", alerta Lizete Araújo.

Sem ser "expert"
Quem quer ter uma visão generalista, mas não quer passar dois anos estudando o mesmo assunto, deve fazer cursos rápidos.
"Para compreender melhor uma determinada área sem se tornar um "expert", cursos de um semestre são ótimos, desde que em boas escolas", aconselha Sofia Esteves, 37, sócia-diretora da DM Recursos Humanos.
Além das áreas de especialização acadêmica, programas que auxiliem no relacionamento e na comunicação também são apontados pelos consultores como válidos na hora de uma reciclagem.
"Cursos de negociação e autodesenvolvimento comportamental, que ajudem o profissional na apresentação de propostas, são importantes até para os cargos mais técnicos", aconselha o consultor Mauricio Franco, 34, da Simon Franco & Opportunity.



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