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Salário e ascensão são motivadores
Valor oferecido em propostas de emprego é de 25% a 30% maior em relação à remuneração do profissional
DE SÃO PAULO
A lista de quesitos avaliados pelos profissionais ao
receberem uma proposta de
emprego inclui benefícios,
importância do cargo e desafios. Mas, para brasileiros,
um é primordial: o salário.
É o que indica pesquisa
com 2.406 pessoas feita pela
consultoria Robert Half em
dez países entre setembro e
outubro de 2010, obtida com
exclusividade pela Folha.
Entre os fatores que motivam muito profissionais brasileiros a aceitar uma nova
oportunidade estão salário
(76%) e maiores oportunidades de trabalho/ascensão.
Os percentuais, acima dos
apresentados pelos outros
nove países em que o levantamento foi aplicado, sinalizam que, por aqui, os profissionais estão mais otimistas
em relação aos rumos da
economia, destaca o gerente
da consultoria Fábio Saad.
A projeção do PIB para
2010 na zona do euro é de
queda de 0,3%; no Brasil, de
aumento de 2,5%, diz o Fundo Monetário Internacional.
Nessa movimentação, o
incremento dos salários em
propostas no Brasil giram
entre 25% e 30% em relação
à remuneração anterior, segundo especialistas.
Há quem ofereça ainda
projetos, cursos e transferência internacional para "impedir" a migração do talento
para outra empresa, assinala
Fernando Marucci, diretor da
consultoria de RH Asap.
SOCIEDADE
No caso do administrador
e filósofo Altiery Gleison, 29,
a contraproposta incluiu sociedade na companhia.
Três meses depois de ser
demitido do cargo de diretor
para prestar consultoria para
a empresa na qual atuou por
três anos, recebeu a proposta
para migrar para um shopping na capital paraense.
Aceitar o posto, que exigia
exclusividade, significaria o
fim da prestação de serviços
para o ex-empregador.
O ex-patrão ofereceu 10%
de sociedade na empresa.
Gleison obteve 20%.
"Para empresas, é menos
oneroso oferecer aumento de
salário [do que investir em retenção]", analisa o diretor da
consultoria Hays em Campinas (SP) Fernando Paiva.
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