free-lance para a Folha

Entrar como trainee e virar sócio, diretor ou gerente. A trajetória é comum em muitas empresas. Mas qual será a receita?
Para José Carlos Monteiro, 46, sócio-diretor da Arthur Andersen, é "fácil". "O importante é se preocupar com um plano de carreira e não com remuneração."
Em 1975, quando atuava em uma multinacional de autopeças, surgiu a oportunidade de se transferir para a Arthur Andersen, só que recebendo cerca de 50% a menos. Monteiro aceitou.
Segundo ele, a atitude foi tomada exclusivamente por acreditar que obteria um crescimento profissional na empresa. "É importante avaliar onde você terá chance de reciclagem e de um crescimento contínuo."
Hoje, se algum de seus funcionários pede demissão do emprego para receber um salário duas vezes maior, Monteiro diz que sempre repete o mesmo conselho: "Você está sendo ingênuo, pois, mesmo com o dobro, ainda estará ganhando muito mal".

Galgando posições
Márcio Panassol, 28, gerente da PricewaterhouseCoopers e também ex-trainee, galgou oito postos na hierarquia da empresa para chegar à sua atual posição.
Ele conseguiu uma vaga quando cursava o segundo ano de ciências contábeis, em 1989. Como já tinha feito um curso técnico de contabilidade, acreditava já ter bons conhecimentos na área.
"Só percebi que não era bem assim na empresa, onde aprendemos a base da auditoria."
Ele diz que aproveitou todas as oportunidades de treinamento abertas pela companhia.
Hoje ainda pode completar seu plano de carreira com a chance de se tornar um dos 102 sócios da empresa. Para isso, diz estar se esforçando muito. Fez especialização, está cursando mestrado e já planeja um doutorado.
É professor de MBA (pós-graduação em administração) no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais e dá aulas de ciência da computação em São Carlos (SP). Em julho, ainda pretende ir a Boston (EUA) estudar inglês.



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