São Paulo, domingo, 17 de junho de 2007

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CARGA PESADA

Motivações externas como filhos ou doenças podem inspirar mudanças

Atingir equilíbrio depende de organização no trabalho

DA REPORTAGEM LOCAL

Eleita entre os cinco funcionários que melhor gerenciam seu próprio bem-estar, Stella de Almeida, analista de RH da Medial Saúde, diz que é a rigidez no controle dos horários de trabalho que a permite cuidar com equilíbrio da saúde, do trabalho e das filhas pequenas.
Aos 31 anos, a analista conta que otimizar o tempo no escritório a libera para sair pontualmente às 17 horas todos os dias, sem deixar trabalho para trás.
"Os colegas até brincam, dizendo: "Deu 5 horas, Stella!"." E explica: "Há gente que sai muito tarde do trabalho e nunca tem tempo para nada. Quero buscar minhas filhas na escola, levá-las ao médico, brincar".
Como para Almeida, boa parte dos brasileiros diz que a solução para ter mais qualidade de vida está, em primeiro lugar, em otimizar as ferramentas de trabalho, item eleito por 85% dos profissionais consultados pela Market Analysis.
O segundo ponto mais citado pelos profissionais brasileiros consultados foi a tentativa de permanecer mais tempo com a família e com os amigos, opção escolhida por 70% deles.
Não atingir um equilíbrio entre casa e escritório, no entanto, não significa que não haja qualidade de vida. Para a consultora Mariá Giuliese, da Lens & Minarelli, o desequilíbrio é inerente ao trabalho. E mais: não deve ser visto negativamente, e sim com cuidado.
"O equilíbrio é algo conseguido momentaneamente. Todo movimento, natural no trabalho, gera desequilíbrio. É preciso competência para lidar com ele", indica Giuliese.

Mudança
Foi esse desequilíbrio que fez a vida de Sérgio Padovan mudar. Depois de trabalhar por 20 anos na área de informática, chegando a ocupar o cargo de diretor de marketing de uma grande consultoria, ele abandonou a área técnica e partiu para um campo pouco convencional para um executivo.
A notícia de que estava com uma síndrome grave, que poderia evoluir para um quadro cancerígeno, foi o impulso para a mudança. "Há dez anos, eu me transformei em tarólogo e terapeuta metafísico", conta. "Alcancei um sucesso respeitável, além de uma qualidade de vida incomparável", emenda ele, que adotou o nome de Ahran.


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