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Remuneração não deve prevalecer, diz consultor
DA REPORTAGEM LOCAL
O professor Fernando Botto,
31, embarca hoje com destino a
Luanda. Ele tem mestrado em
educação e se prepara para dirigir a unidade da BBS (Brazilian
Business School) em Angola,
onde esteve há seis meses.
"A imagem que eu tinha era a
de um país de governos pouco
estáveis, pobreza e doenças.
Mudei a visão: tem seus extremos, mas está em fase de crescimento. A ordem lá é evoluir."
Apesar de dizer que "os custos locais são quase impeditivos", Botto diz acreditar que a
experiência valerá a pena e não
tem data marcada para voltar.
Para Marcelo Cardoso, presidente da consultoria de recursos humanos DBM, é preciso
que o candidato avalie "que tipo de ativo essa experiência deve trazer ao longo do tempo".
Para isso, é necessário medir
as expectativas e mensurar o
que pode dar errado para a família e o custo de se manter distante de sua rede de relacionamentos. E não é só a remuneração que deve entrar em jogo.
Segundo ele, mudar de país
só com base no salário é estratégia de alto risco. "O impacto
da experiência internacional
deve ser proporcional à natureza do desafio. Ir por ir, sem um
desafio, não tem muito valor."
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