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São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 2003

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Intervenções dos 450 anos vão de restauro de prédios a reurbanização de ruas

Cidade em obras irá gerar 45,8 mil vagas temporárias

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

As obras pelas quais a cidade de São Paulo está passando ou vai passar em razão de seus 450 anos deverão gerar 45,8 mil vagas temporárias de emprego até o encerramento das comemorações, no final de 2004. A projeção, da prefeitura, contempla projetos contratados pela administração municipal e parcerias com a iniciativa privada.
O número parece exagerado, mas não é à toa. A cidade virou, neste fim de ano, um canteiro de obras. A maior parte delas foca a revitalização do centro -como a reurbanização do corredor cultural (trecho entre a biblioteca Mário de Andrade e o Teatro Municipal) e de várias praças, além dos restauros de prédios na região da Sé, da estação da Luz e do Mercado Municipal-, gerando cerca de 13 mil colocações.
Só na reforma das fachadas da estação da Luz, por exemplo, trabalham hoje 109 pessoas. Mas a obra -a cargo do governo do Estado e da Fundação Roberto Marinho- terá várias etapas, que criarão mais postos.
A construção de um túnel subterrâneo ligando o metrô aos trens metropolitanos está em fase de acabamento, para a qual há 200 oportunidades abertas. A obra termina na metade de 2004 (veja quadro de vagas na pág. 5).
O projeto de restauração do chamado Quadrilátero da Sé -quatro edifícios históricos pertencentes à Caixa Econômica Federal- tem cerca de 60 vagas abertas para as obras de três dos prédios, já licitadas. Mas o trabalho, altamente especializado, será oferecido a uma equipe já treinada, pois o prazo da obra é curto, e o tempo seria insuficiente para treinar um novo quadro.
A idéia é que pelo menos um dos prédios, o da rua Roberto Simonsen, esteja pronto até 25 de janeiro. O edifício permanecerá, no entanto, com uma parte sem restauro, para mostrar aos visitantes o contraste com a porção reformada e chamar a atenção para a importância do trabalho do restaurador.
"Nosso mercado de trabalho é difícil, faltam profissionais qualificados", afirma Gabriela Kozlowski, arquiteta responsável pelas obras, que diz sempre procurar treinar novos especialistas.
A reurbanização de algumas ruas comerciais também vai empregar muita gente. A obra da rua João Cachoeira (Itaim Bibi) foi a primeira, concluída no início de dezembro, com 130 trabalhadores. Em 2004, estão previstas as mesmas reformas em outras dez ruas, incluindo 25 de Março, rua do Gasômetro, Joaquim Nabuco e Santa Ifigênia, gerando ao todo 1.300 colocações, segundo o arquiteto Mauro Scazufca, da Comissão de Implementação de Intervenções em Ruas Comerciais. Mas essas obras ainda aguardam licitação.



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