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São Paulo, domingo, 23 de março de 2003

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Empresas têm cautela maior com os projetos

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O Brasil poderá se beneficiar do novo cenário como um país emergente e potencialmente viável para investimentos estrangeiros. A opinião é de Eva Christie Marques, gerente de treinamento da TXT Marcom e responsável pela estrutura de treinamento de instrumentação analítica da Agilent Technologies.
Segundo ela, é preciso fortalecer as companhias para obter aumento na competitividade. "Existe uma preocupação muito grande das empresas neste momento em investir muito bem o dinheiro. Treinar o funcionário para que ele fique mais eficiente é investimento em qualidade, que otimiza custos, por isso tenho orientado meus clientes a não desistir do treinamento", afirma.
Claudio Lellis, executivo financeiro do banco italiano BNL do Brasil, acredita que, se a guerra se arrastar muito, poderá causar aumento no preço do petróleo, acirrando a inflação e o desemprego no Brasil. "Mesmo se o conflito for rápido, mas atingir a produção de petróleo, esse cenário pode se instaurar."
Para ele, esse quadro pode fazer o risco-país brasileiro, que andava em queda, voltar a subir. "Nesse caso, os empresários terão de rever previsões de investimento."
Operadores de mercado concordam: em um primeiro momento, deverá haver um "esfriamento" dos investimentos; em seguida, demissões. O setor bancário, que já vinha de um processo de enxugamento de pessoal por causa das sucessivas fusões, poderá ver essa tendência potencializada, em caso de guerra prolongada.


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