São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Profissionais reclamam de restrições

DA REPORTAGEM LOCAL

Empresas ouvidas pela Folha afirmam não adotar nenhuma medida punitiva a funcionários que tentam driblar as regras impostas. O máximo que fazem, dizem, é chamar o profissional para um "bate-papo".
Foi o que aconteceu com o engenheiro E.S.J., 29. Há cerca de um ano e meio, a empresa em que trabalha elaborou uma lista com os trabalhadores que mais permaneceram na internet durante o mês. Seu nome constou da área destinada aos usuários do comunicador Messenger.
"Estava escrito que fiquei 0,3% do meu tempo no MSN", reclama.
O engenheiro recebeu uma convocação para uma conversa com a coordenadora da área. "Tentei explicar que o percentual era ínfimo, mas não adiantou", diz o engenheiro.
Depois disso, desinstalou o programa e apagou todas as conversas que havia mantido com colegas.
A analista de sistemas P.S., 24, não pode acessar seu e-mail pessoal do trabalho. Conta que, no entanto, há quem não tenha sequer e-mail corporativo na instituição financeira para a qual trabalha.
"Deixo esses colegas checarem suas mensagens no meu computador, mesmo sabendo que isso é proibido por questão de segurança", conta. E completa: "Faço escondido porque já vi um colega levar suspensão de três dias por tentar burlar as regras [de uso de internet]".


Texto Anterior: Controle é feito com mão de ferro
Próximo Texto: Privacidade: Companhias fiscalizam correspondência dos funcionários
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.