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Dúvidas surgem de falta de informação
Marcelo Justo/Folha Imagem
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Rodrigo Moreira Milton fez um curso de graduação presencial e agora cursa outro a distância
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Agora eles são estudantes,
mas, daqui a alguns anos, aqueles que concluírem a formação
superior a distância disputarão
vagas no mercado de trabalho
com um diploma idêntico ao
obtido em cursos presenciais.
Isso não significa, porém,
que a formação seja suficiente
para vencer preconceitos e
dúvidas. "Falta informação sobre graduação a distância", declara Roberta Raffaeli, gerente
de recrutamento e seleção da
Manpower. Para ela, as pessoas
ainda não estão preparadas para medir o impacto desse diploma nos processos seletivos.
O pesquisador de ciências
da comunicação da USP (Universidade de São Paulo) José
Manuel Moran afirma que isso
acontece pois o estudo a distância foi vinculado durante a última década ao ensino técnico e
aos telecursos. Ele diz acreditar
que a má impressão passará
quando as universidades "sérias" começarem a formar pessoas na EAD com a qualidade
de seus cursos presenciais.
Ressaltar os benefícios que o
estudante enxergou para sua
carreira quando optou por fazer uma graduação a distância
é, para a consultora da Career
Center Marisa Silva, o caminho para não gerar nos recrutadores a suspeita de uma formação de segunda linha.
Oportunidades
O consultor imobiliário
Rodrigo Moreira Milton, 27, é
graduado em administração e
marketing pelo método presencial. Agora, está cursando
graduação a distância em negócios imobiliários. "Vi na EAD a
chance de fazer outra faculdade", conta.
Bruna Dias, consultora da
DMRH (recrutamento), opina
que só devem optar por EAD
pessoas que não possuem outro
meio de conseguir um diploma.
Uma maneira de contornar esse olhar negativo sobre a EAD,
pondera Dias, é o estudante
sustentar essa opção porque
acredita que o curso é válido.
"Ele deve mostrar ao entrevistador que foi preciso disciplina
e automotivação para conseguir a graduação."
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