São Paulo, domingo, 28 de junho de 2009

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Dúvidas surgem de falta de informação

Marcelo Justo/Folha Imagem
Rodrigo Moreira Milton fez um curso de graduação presencial e agora cursa outro a distância

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Agora eles são estudantes, mas, daqui a alguns anos, aqueles que concluírem a formação superior a distância disputarão vagas no mercado de trabalho com um diploma idêntico ao obtido em cursos presenciais.
Isso não significa, porém, que a formação seja suficiente para vencer preconceitos e dúvidas. "Falta informação sobre graduação a distância", declara Roberta Raffaeli, gerente de recrutamento e seleção da Manpower. Para ela, as pessoas ainda não estão preparadas para medir o impacto desse diploma nos processos seletivos.
O pesquisador de ciências da comunicação da USP (Universidade de São Paulo) José Manuel Moran afirma que isso acontece pois o estudo a distância foi vinculado durante a última década ao ensino técnico e aos telecursos. Ele diz acreditar que a má impressão passará quando as universidades "sérias" começarem a formar pessoas na EAD com a qualidade de seus cursos presenciais.
Ressaltar os benefícios que o estudante enxergou para sua carreira quando optou por fazer uma graduação a distância é, para a consultora da Career Center Marisa Silva, o caminho para não gerar nos recrutadores a suspeita de uma formação de segunda linha.

Oportunidades
O consultor imobiliário Rodrigo Moreira Milton, 27, é graduado em administração e marketing pelo método presencial. Agora, está cursando graduação a distância em negócios imobiliários. "Vi na EAD a chance de fazer outra faculdade", conta.
Bruna Dias, consultora da DMRH (recrutamento), opina que só devem optar por EAD pessoas que não possuem outro meio de conseguir um diploma. Uma maneira de contornar esse olhar negativo sobre a EAD, pondera Dias, é o estudante sustentar essa opção porque acredita que o curso é válido. "Ele deve mostrar ao entrevistador que foi preciso disciplina e automotivação para conseguir a graduação."


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