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São Paulo, domingo, 30 de março de 2003

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Estratégia é mais utilizada para as vagas executivas

Fernando Moraes/Folha Imagem
Patrícia de Oliveira, que foi contratada por uma rede de flats por preencher perfil fixado pelo RH


DA REDAÇÃO

Nem todos os cargos justificam a mão-de-obra necessária para elaborar uma seleção por competências. Em alguns casos, basta que o profissional detenha conhecimentos técnicos afiados para que a função seja bem exercida.
É assim com telefonistas, secretárias e técnicos de informática, por exemplo. Embora seja interessante alocar pessoas sociáveis, divertidas, ousadas ou criativas para tais cargos, esse tipo de posto é normalmente preenchido por meio da tradicional análise de currículo seguida por entrevista.
No caso das funções consideradas estratégicas em uma organização, a história muda de figura. "Quanto mais os cargos crescem na pirâmide hierárquica, mais nós precisamos daquela parte submersa das pessoas [os detalhes comportamentais]", conta a supervisora de RH da Unimed, Rosana Baloti. A empresa adota a seleção por competências desde agosto de 2002 para executivos.
A gerente de uma unidade da rede George V de flats residenciais Patrícia Amaral de Oliveira, 29, elogia o método. Submetida a uma entrevista por competências há um mês, foi contratada por se encaixar no perfil procurado nos profissionais do mesmo escalão.
"Para mim foi tudo um pouco novo, pois desde 1996 não participava de processos seletivos", conta. "Mapeamos o perfil da vaga e o do candidato. Fica melhor para nós e para o funcionário", diz o diretor da rede, Roberto Pereira.

Competência jovem
Quem está iniciando a carreira não está livre, contudo, da possibilidade de se deparar com uma análise de virtudes pela frente.
Segundo a consultora do Grupo Foco Carolina Amaral, às vezes o método é até mais interessante de ser utilizado nos mais jovens. "No caso da seleção de estagiários e de trainees, por exemplo, valorizam-se mais as competências, já que a experiência profissional será construída posteriormente."
Foi o caso de Hyun Jung Cho, 25, que já passou por dois exames de estágio segundo o novo modelo. "Faz toda a diferença conversar com uma psicóloga", avalia.


Colaborou Renata de Gáspari Valdejão, free-lance para a Folha


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