São Paulo, domingo, 30 de maio de 2010

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Monitoramento é recurso para avaliar saúde mental de equipes

Governo aprova política para combater "sofrimento psíquico'

DE SÃO PAULO

Para combater estresse e depressão no trabalho, a iniciativa privada se arma de estatísticas e programas voltados à qualidade de vida. Os números vêm de empresas contratadas para monitorar a saúde dos funcionários. A SulAmérica e o Fleury são duas das companhias que fazem o mapeamento.
Na primeira, os remédios mais vendidos aos 150 mil segurados são antidepressivos e ansiolíticos, usados no tratamento de estresse e depressão. "[Essas doenças são] quase uma epidemia", sinaliza o coordenador do programa, Roberto Galfi.
No Fleury, que acompanha 13 mil profissionais, depressão e estresse figuram no terceiro lugar entre as doenças que mais atingem os profissionais, segundo Graziela Lanzara, coordenadora médica do programa Gestão de Doenças Crônicas.
Para evitar dentro da própria "casa" os problemas verificados em seus clientes, a SulAmérica investe em um programa que inclui acompanhamento por telefone, dança, coral e massagem.
Uma vez por ano, promove terapias alternativas, como reflexologia e bambuterapia. "[Após as ações,] na avaliação anual, tivemos crescimento dos índices de satisfação no quesito equilíbrio da vida pessoal e profissional", relata Maria Helena Monteiro, vice-presidente de recursos humanos da seguradora.

GOVERNO
Além de oferecer um programa estruturado -e não pontual- visando ao bem-estar do trabalhador, é preciso acompanhar a frequência dos colaboradores, recomenda a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma Brasil, associação de pesquisa e desenvolvimento da prevenção do estresse.
Neste mês, o governo também entrou nessa cruzada. No dia 5, foi publicada a portaria nº 1.261, do Ministério do Planejamento, com diretrizes para projetos de saúde mental a servidores federais.
Para o órgão, uma legislação própria sobre o tema se justifica porque a maior parte dos afastamentos do trabalho "são de ordem mental".
Entre as ações estão programas educativos, monitoramento de riscos ambientais e assistência terapêutica.
Essas iniciativas evitariam que alguém em "sofrimento psíquico" desenvolvesse "transtorno mental".

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