Marcelo Justo/Folha Imagem

Ligia Couto, que passou em um concurso em Ponta Grossa (PR) e planeja ir trabalhar de bicicleta

DA REPORTAGEM LOCAL

Estresse por causa do trânsito, da violência e da poluição e falta de perspectivas. Esses são alguns dos motivos que levam à migração para outra cidade.
Ligia Couto, 29, "paulistana a vida toda", está de malas feitas para Ponta Grossa, no Paraná.
"Não sinto que São Paulo faça bem pra mim. Ainda que eu tenha tentado ultimamente trabalhar menos, não dá para ficar aqui, pois há o agravante do alto custo de vida", conta.
Ela passou em concurso para lecionar na universidade local e só espera a nomeação do governador para se mudar de vez. "Meu marido quer ter uma horta orgânica e criar galinhas. E agora eu poderei ir ao trabalho de bicicleta", comemora.
Sem saber muito sobre a cidade, a professora só cogitou a possibilidade de mudança caso já tivesse um emprego certo.
Para a psicóloga intercultural Andrea Sebben, a decisão foi certa. "É importante ter um trabalho em vista. Ele ajuda na adaptação, que pode ser difícil pela distância de família e amigos e pela diferença cultural."
Buscar informações sobre o tipo de profissional demandado ou as facilidades sociais que a cidade pretendida oferece é outro conselho da psicóloga. "Se possível, é aconselhável fazer visitas de reconhecimento."
Toda essa preparação também fez parte da rotina da advogada Marina Santos, 28, por quase um ano. Desmotivada com a área jurídica, ela se mudou para a capital francesa. "Sonhava com viver em Paris."
"Pesquisei o que o governo oferecia aos estudantes, conversei com brasileiros que já moravam lá e vi que era possível realizar esse meu sonho", comenta a advogada, que vive na cidade há quatro anos. (MCN)


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