São Paulo, domingo, 30 de dezembro de 2007

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CONCURSOS PÚBLICOS

"Para passar, a palavra-chave é persistência"

DA REPORTAGEM LOCAL

A instabilidade do mercado de trabalho e a falta de perspectiva de crescimento na empresa foram os motivadores para o advogado Rodrigo Faria, 34, prestar concursos públicos.
"Havia estagiado em órgão público e adorava o ambiente, mas optei pelo setor privado."
Apesar de dizer não se arrepender da escolha, ele afirma que o mais difícil foi tomar a decisão de voltar a ser estudante. "Você recomeça do zero. Por isso fiz um curso preparatório."
Para a também advogada Júlia Antunes, 28, que trabalhava em uma grande corporação na época em que decidiu prestar concurso, o que a incomoda hoje é ter de depender economicamente de outra pessoa nessa fase de preparação.
"Não foi fácil largar um bom emprego, minha independência financeira, um futuro já delineado e regredir alguns degraus, com o objetivo de seguir em outra direção", comenta.
No papel de estudante, Antunes admite sentir "um pouco de insegurança" ao ver seus amigos progredindo na carreira. "Existe a pressão de quem não compreende que passar em concurso leva algum tempo."
Para o promotor Clever Vasconcelos, professor de direito constitucional do Complexo Jurídico Damásio de Jesus, esse tempo de maturação -que pode levar anos- é o preço para ser aprovado no concurso.
"Não tem outro jeito: o candidato tem de estudar. A palavra-chave é persistência."
O promotor destaca também a importância de seguir um plano de estudo com afinco. Cursos preparatórios podem ser bons para quem não tem disciplina para estudar sozinho.
Vasconcelos acrescenta, contudo, que o esforço vale a pena. "Além da estabilidade no emprego e de seguir carreira, esse profissional realiza um trabalho de importância social."


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