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CONCURSOS PÚBLICOS
"Para passar, a palavra-chave é persistência"
DA REPORTAGEM LOCAL
A instabilidade do mercado
de trabalho e a falta de perspectiva de crescimento na empresa
foram os motivadores para o
advogado Rodrigo Faria, 34,
prestar concursos públicos.
"Havia estagiado em órgão
público e adorava o ambiente,
mas optei pelo setor privado."
Apesar de dizer não se arrepender da escolha, ele afirma
que o mais difícil foi tomar a decisão de voltar a ser estudante.
"Você recomeça do zero. Por isso fiz um curso preparatório."
Para a também advogada
Júlia Antunes, 28, que trabalhava em uma grande corporação na época em que decidiu
prestar concurso, o que a incomoda hoje é ter de depender
economicamente de outra pessoa nessa fase de preparação.
"Não foi fácil largar um bom
emprego, minha independência financeira, um futuro já delineado e regredir alguns degraus, com o objetivo de seguir
em outra direção", comenta.
No papel de estudante, Antunes admite sentir "um pouco de
insegurança" ao ver seus amigos progredindo na carreira.
"Existe a pressão de quem não
compreende que passar em
concurso leva algum tempo."
Para o promotor Clever Vasconcelos, professor de direito
constitucional do Complexo
Jurídico Damásio de Jesus,
esse tempo de maturação -que
pode levar anos- é o preço para
ser aprovado no concurso.
"Não tem outro jeito: o candidato tem de estudar. A palavra-chave é persistência."
O promotor destaca também
a importância de seguir um plano de estudo com afinco. Cursos preparatórios podem ser
bons para quem não tem disciplina para estudar sozinho.
Vasconcelos acrescenta, contudo, que o esforço vale a pena.
"Além da estabilidade no emprego e de seguir carreira, esse
profissional realiza um trabalho de importância social."
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