São Paulo, domingo, 31 de janeiro de 1999

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TENDÊNCIA
Mestrado profissional ganha espaço
Programas se voltam para o mercado

da Reportagem Local

As escolas que oferecem programas de pós-graduação estão voltando os olhos, cada vez mais, para o mercado de trabalho.
Além do crescimento do número de cursos de especialização -mais curtos e direcionados-, os reflexos já chegaram ao mestrado, o que deu origem ao conceito de mestrado profissional.
Segundo professores da área, o problema do programa convencional é ter se tornado uma exigência na carreira dos profissionais, mas estar dirigido àqueles que querem estudar um assunto profundamente.
"E isso não "casa' com as necessidades do mercado de trabalho, que busca resultados rápidos e imediatos", explica Ronaldo Zwicker, 49, coordenador do programa de pós-gradução em administração da USP (Universidade de São Paulo).
Segundo Zwicker, a idéia de criar o mestrado profissional surgiu da busca pelo mercado de cursos que abordassem, de maneira mais direta, os problemas do dia-a-dia no trabalho.
"Jurei não voltar a estudar, mas o mercado exige", afirma o engenheiro e pós-graduando da USP Flávio Romero Macau, 24.

Mudanças
Para conseguir adaptar o mestrado às necessidades de quem trabalha, foi preciso fazer modificações no currículo, nos horários e até nos custos.
No mestrado convencional, as aulas são gratuitas nas universidades públicas e ocorrem apenas durante o dia. No novo sistema, são cobradas e oferecidas à noite ou em dias alternativos.
O currículo também é diferente. Agora, o aluno tem a possibilidade de estudar algo muito mais voltado à sua área de atuação.
O mestrado profissional também já foi adotado em instituições como a Universidade de Brasília, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro e em São Paulo.



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