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TENDÊNCIA
Mestrado profissional ganha espaço
Programas se voltam para o mercado
da Reportagem Local
As escolas que oferecem programas de pós-graduação estão
voltando os olhos, cada vez mais,
para o mercado de trabalho.
Além do crescimento do número de cursos de especialização
-mais curtos e direcionados-,
os reflexos já chegaram ao mestrado, o que deu origem ao conceito de mestrado profissional.
Segundo professores da área, o
problema do programa convencional é ter se tornado uma exigência na carreira dos profissionais, mas estar dirigido àqueles
que querem estudar um assunto
profundamente.
"E isso não "casa' com as necessidades do mercado de trabalho,
que busca resultados rápidos e
imediatos", explica Ronaldo
Zwicker, 49, coordenador do
programa de pós-gradução em
administração da USP (Universidade de São Paulo).
Segundo Zwicker, a idéia de
criar o mestrado profissional
surgiu da busca pelo mercado de
cursos que abordassem, de maneira mais direta, os problemas
do dia-a-dia no trabalho.
"Jurei não voltar a estudar, mas
o mercado exige", afirma o engenheiro e pós-graduando da USP
Flávio Romero Macau, 24.
Mudanças
Para conseguir adaptar o mestrado às necessidades de quem
trabalha, foi preciso fazer modificações no currículo, nos horários e até nos custos.
No mestrado convencional, as
aulas são gratuitas nas universidades públicas e ocorrem apenas
durante o dia. No novo sistema,
são cobradas e oferecidas à noite
ou em dias alternativos.
O currículo também é diferente. Agora, o aluno tem a possibilidade de estudar algo muito mais
voltado à sua área de atuação.
O mestrado profissional também já foi adotado em instituições como a Universidade de
Brasília, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), a Universidade Federal do Rio Grande do
Sul e a Fundação Getulio Vargas,
no Rio de Janeiro e em São Paulo.
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