São Paulo, domingo, 31 de janeiro de 1999

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EM ALTA
Remuneração acima da média faz aumentar procura por administração de negócios
MBA eleva salários em até 70%

da Reportagem Local

Agregar valor. Entre os profissionais de recursos humanos é comum ouvir essa expressão, que significa o quanto determinada ação acrescenta à carreira. Para eles, é indiscutível que um MBA (Master in Business Administration) cumpre esse papel.
Trata-se de um curso de especialização em administração de negócios que prepara jovens executivos para o exercício de cargos de liderança. Para isso, mescla conceitos teóricos (a leitura é exaustiva) com a prática (os trabalhos em grupo são intensos).
A média de idade dos grupos geralmente fica entre 25 e 30 anos. Mas um dos principais requisitos é ter experiência. Os especialistas aconselham, para um melhor aproveitamento do curso, que os candidatos estejam, no mínimo, há três anos na ativa.
Conceito criado nos Estados Unidos, o MBA já virou o sonho de grande parte dos estudantes brasileiros de administração, economia e engenharia porque o mercado hoje mostra preferência por quem tem esse diploma.

Salário 70% maior
Modismo ou não, é importante lembrar que os recém-formados costumam ser disputados a peso de ouro pelos recrutadores, que oferecem salários iniciais bem maiores que os convencionais.
Consultores e empresas estimam que, logo depois de terminado o curso, o salário do profissional dá um salto de 40% a 70%.
Segundo pesquisa da revista "Business Week", os estudantes das melhores escolas de MBA, já antes de formados, recebem, em média, três boas propostas de trabalho, que vêm até de companhias de outros países.
Para ter uma idéia sobre o aumento da procura por esse tipo de pós-graduação, havia três candidatos por vaga, em 1997, para o curso de MBA da FEA-USP (Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo). Hoje são seis.
"O MBA é um curso mais voltado para a prática, e os alunos são muito disputados, tanto que o salário inicial deles é bem maior que o dos outros. É um profissional pronto. Portanto, o investimento nele é menor", afirma Nicola Calicchio, 32, sócio no Brasil da McKinsey, consultoria norte-americana que costuma recrutar formados em MBA.



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