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Consultorias são investigadas no Rio
Denúncias de estelionato são apuradas pelo Ministério Público do Trabalho; rescisão contratual é problema
DE SÃO PAULO
A oferta de uma vaga inexistente e a garantia de uma
futura recolocação no mercado são figurinhas carimbadas nos relatos dos clientes
insatisfeitos com empresas
de recursos humanos.
Esse problema já havia levado, em 2008, a D'Moraes
Consultoria em RH a se comprometer judicialmente a
não garantir vagas a seus
clientes e a não cobrar multa
por rescisão de contrato.
Nos últimos dois anos, seis
processos contra a empresa
foram instaurados por clientes no Tribunal de Justiça do
Estado do Rio de Janeiro.
O MPT-RJ (Ministério Público do Trabalho do Rio de
Janeiro) tem pelo menos oito
investigações em andamento
e duas ações judiciais movidas contra empresas de recursos humanos.
Contatado, o MPT de São
Paulo informou que não poderia fazer o levantamento.
O promotor do MPT-RJ
Cássio Casagrande afirma
que, ao prometer algo que
não podem cumprir, as empresas de recolocação têm
praticado crime de estelionato (induzir alguém a falsa
concepção para obter vantagem para si ou para outros).
RESCISÃO CONTRATUAL
Problemas com a rescisão
dos contratos levaram a empresa Grupo Prime Recrutamento aos tribunais paulistanos.
A consultoria, que já foi fechada, é citada em 30 processos que correm no Tribunal
de Justiça do Estado de São
Paulo. A Prime Hera Executive Recrutamento, criada por
parte da diretoria da Grupo
Prime em 2006, consta em
outros dez processos.
Um mês após assinar um
contrato no valor de R$ 5.000
com a Grupo Prime, em 2005,
o advogado Jaime Gianizella
Filho, 44, decidiu rescindi-lo.
"[Após o pagamento,] não
recebi qualquer "feedback"
da empresa. Depois de um
mês, cancelei o serviço, mas
demorou mais de um ano para ter meu dinheiro de volta."
Para o advogado, as empresas se aproveitam de um
momento de fragilidade para
fazer o cliente pagar pela esperança de melhorar de vida.
"O melhor serviço de recolocação é o "networking'", diz.
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