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ingrediente
Mexerica combina com doces e salgados
RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Nesta época do ano,
quitandas, feiras e
mercados estão mais
perfumados, graças
à abundância de mexerica. A
safra da fruta, conhecida também como tangerina, mandarina, bergamota e laranja-cravo,
dependendo da região do Brasil, vai de abril a setembro.
Originária da Ásia, entre o sul
da China e o nordeste da Índia,
a mexerica chegou à Inglaterra
no início do século 19, muito
depois de outras frutas cítricas.
De lá, foi levada para a Itália e
se espalhou por outros países
mediterrâneos.
Menos ácida e mais aguada
do que as laranjas, costuma ter
tamanho menor e formato
mais achatado. As diversas variedades existentes podem ser
divididas em quatro grupos.
Entre as mexericas comuns e
mais difundidas, está a poncã, a
mais cultivada do mundo.
As mediterrâneas derivam de
espécies inglesas, enquanto as
satsumas se desenvolveram no
Japão do século 16. Por fim, as
mexericas híbridas resultam do
cruzamento com laranjas ou
entre espécies diferentes de
mexerica.
Na culinária, a aromática fruta é consumida preferencialmente ao natural ou na forma
de suco, mas também pode integrar molhos para carnes e saladas, sorvetes, pudins, coquetéis e musses, que podem ser
doces ou salgadas.
A banqueteira e nutricionista
Gislaine Oliveira, autora da receita desta página, dá uma dica
para aproveitar a casca da mexerica carioquinha. "Deixe as
cascas de molho com cachaça
suficiente para cobri-las durante uns 15 dias. Depois, faça um
caramelo de açúcar e misture
ao caldo já coado. O resultado é
um licor inacreditável", afirma.
Segundo Oliveira, o consumo
da fruta deve ser incentivado
porque, apesar de ser relativamente calórica, a mexerica possui concentrações de vitaminas
B e C, magnésio, cálcio e fósforo. "E as fibras contribuem para um excelente funcionamento intestinal e evitam câncer de
intestino e outras doenças",
afirma a nutricionista.
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