São Paulo, quinta-feira, 03 de agosto de 2006
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ingrediente

Mexerica combina com doces e salgados

RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nesta época do ano, quitandas, feiras e mercados estão mais perfumados, graças à abundância de mexerica. A safra da fruta, conhecida também como tangerina, mandarina, bergamota e laranja-cravo, dependendo da região do Brasil, vai de abril a setembro.
Originária da Ásia, entre o sul da China e o nordeste da Índia, a mexerica chegou à Inglaterra no início do século 19, muito depois de outras frutas cítricas. De lá, foi levada para a Itália e se espalhou por outros países mediterrâneos.
Menos ácida e mais aguada do que as laranjas, costuma ter tamanho menor e formato mais achatado. As diversas variedades existentes podem ser divididas em quatro grupos. Entre as mexericas comuns e mais difundidas, está a poncã, a mais cultivada do mundo.
As mediterrâneas derivam de espécies inglesas, enquanto as satsumas se desenvolveram no Japão do século 16. Por fim, as mexericas híbridas resultam do cruzamento com laranjas ou entre espécies diferentes de mexerica.
Na culinária, a aromática fruta é consumida preferencialmente ao natural ou na forma de suco, mas também pode integrar molhos para carnes e saladas, sorvetes, pudins, coquetéis e musses, que podem ser doces ou salgadas.
A banqueteira e nutricionista Gislaine Oliveira, autora da receita desta página, dá uma dica para aproveitar a casca da mexerica carioquinha. "Deixe as cascas de molho com cachaça suficiente para cobri-las durante uns 15 dias. Depois, faça um caramelo de açúcar e misture ao caldo já coado. O resultado é um licor inacreditável", afirma.
Segundo Oliveira, o consumo da fruta deve ser incentivado porque, apesar de ser relativamente calórica, a mexerica possui concentrações de vitaminas B e C, magnésio, cálcio e fósforo. "E as fibras contribuem para um excelente funcionamento intestinal e evitam câncer de intestino e outras doenças", afirma a nutricionista.


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