ALESSANDRA KORMANN
DA AGÊNCIA FOLHA

Pulmões, rins e outros órgãos já não funcionam mais como antes. Para quem trabalhou a vida toda e agora está aposentado, há "excesso" de tempo livre. As transformações decorrentes do envelhecimento são tantas que os dentes acabam esquecidos. Para atender os pacientes idosos levando em conta esse quadro, a dentista e professora da UFF (Universidade Federal Fluminense) Miriam Scelza criou a Clínica de Odontogeriatria. Pioeneira no Rio, a clínica atende gratuitamente os pacientes dos programas de geriatria da universidade.
Desde 2000, a odontogeriatria é uma disciplina optativa do curso de odontologia da UFF. "Essa é uma cadeira que tem de entrar no rol de disciplinas obrigatórias. Paciente de terceira idade é totalmente diferente. Se não recebem atenção especial, muitos acabam abandonando o tratamento", diz a professora.
Uma simples inflamação na boca pode levar a um problema cardíaco. A inflamação faz o organismo produzir substâncias que podem gerar coágulos sanguíneos, obstruindo a circulação e provocando até infarto. Também há casos de pneumonia contraída por aspiração dos microorganismos que ficam na cavidade bucal se a higienização não é bem feita. Isso pode acontecer com qualquer pessoa, mas o perigo é maior entre os idosos, cuja saúde geralmente exige mais atenção.
Nessa faixa etária, a higienização correta ajuda a combater efeitos colaterais de alguns medicamentos. Remédios para hipertensão, por exemplo, podem diminuir a produção de saliva, causando cárie e mau hálito.
Outro foco da odontogeriatria é a prevenção. "A incidência de câncer bucal aumenta muito após os 50, 60 anos, e o diagnóstico precoce é muito importante", afirma a dentista Amanda Arruda, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Nessa instituição, os pacientes atendidos pelo Instituto de Geriatria passam por consultas odontológicas para diagnóstico e são encaminhados para tratamento se necessário. A Universidade Federal de Santa Catarina também está realizando uma experiência semelhante.

Cor mais segura Quem se preocupa com a segurança pode incluir mais um detalhe a ser observado ao comprar um carro: a cor. Segundo pesquisadores neozelandeses que analisaram mais de mil ocorrências de trânsito, a incidência de acidentes com ferimentos graves é cerca de 50% menor entre automóveis prateados. O estudo foi publicado na revista científica "British Medical Journal".

Preliminares na tela Mulheres com disfunções sexuais podem se beneficiar com filmes eróticos, sugere pesquisa da Universidade Stanford (EUA). Os médicos analisaram 20 voluntárias com idade entre 20 e 30 anos e observaram que, após dois minutos de exposição a vídeos eróticos, elas ficaram excitadas, com aumento nos ritmos respiratório e cardíaco e no fluxo sanguíneo da região genital.

Guia para diabéticos A importância de fracionar as refeições para evitar hipoglicemia, o papel das fibras na alimentação e o consumo de bebidas isotônicas são alguns dos assuntos abordados em "101 Dicas de Nutrição para Diabéticos" (126 págs., R$ 28, ed. Anima, tel. 0/xx/21/2585-2002), de Patti B. Geil e Lea Ann Holzmeister. O livro possui aval da Associação Americana de Diabetes.

Gravidez precoce e osteoporose Engravidar na adolescência prejudica a absorção de cálcio. Estudo da Universidade Johns Hopkins (EUA) constatou que um terço das garotas de 13 a 18 anos avaliadas apresentaram redução significativa de massa óssea logo depois do nascimento de seus bebês.

Sem baforadas em 2004 A Associação Paulista de Homeopatia está recrutando voluntários para uma pesquisa sobre um medicamento antitabagismo. O tratamento será gratuito e poderá ser feito por pessoas com idade entre 18 e 60 anos e que fumam 20 ou mais cigarros por dia. Há 60 vagas, e as inscrições podem ser feitas pelo telefone 0/xx/11/5579-1291, das 9h às 16h, até 14/1.


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