São Paulo, quinta-feira, 08 de junho de 2006
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CABELO NO OLHO
"Meu filho de oito anos quer deixar o cabelo crescer e está tendo que tirá-lo do olho a toda hora, pois o comprimento atrapalha. Digo a ele que isso pode deixá-lo vesgo. É verdade?"

CÉSAR SOUZA (Ribeirão Preto/SP)

Deixar o cabelo crescer na frente dos olhos não deixa a criança estrábica, diz a oftalmologista Márcia Keiko Uyeno Tabuse, chefe do setor de estrabismo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). "Mas, caso o cabelo tampe apenas um lado do rosto e ela fique enxergando só com um dos olhos, pode ter uma baixa de visão, chamada ambliopia, no olho que fica coberto", alerta. Segundo a médica, a ambliopia causada por esse tipo de situação não é muito freqüente, já que o olho precisaria estar constantemente tampado, mas pode acontecer, principalmente se a criança tiver entre zero e oito anos de idade, fase de desenvolvimento da visão.

AMIGDALITE E PRÓPOLIS
"Já é a terceira vez que minha netinha de sete meses tem amigdalite. Ela fica com febre e precisa tomar antibióticos. Posso dar-lhe própolis (gotas ou xarope) diariamente? Quando falo com o pediatra alopata, ele dá risada e diz que esses remédios não ajudam em nada. Gostaria de saber a opinião de um médico homeopata sobre isso."

MARIA JOSÉ (Botucatu/SP)

Segundo o pediatra homeopata Sergio Eiji Furuta, pesquisador da disciplina de otorrinolaringologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e diretor da Associação Paulista de Homeopatia, estudos mostram que a própolis é eficaz como anti-séptico, mas não age sozinha nem é um medicamento homeopático. "Alguns homeopatas receitam em associação com outros remédios. Mas só ela não é suficiente para prevenir infecções de repetição. Fiz um estudo que provou que a homeopatia funciona para crianças que têm amigdalite recorrente e que tomam muito antibiótico", afirma.
Na pesquisa, feita na Unifesp e concluída em 2002, foram acompanhadas 40 crianças com indicação de retirada das amígdalas. Durante quatro meses, metade tomou medicação homeopática, e a outra metade, placebo. No final, 78% daquelas com amigdalite não tiveram de recorrer à cirurgia, pois a infecção foi controlada.


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