São Paulo, quinta-feira, 09 de janeiro de 2003
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poucas e boas

Pesquisa revela carência de vitamina em mulheres

VINICIUS CARRASCO - FREE-LANCE PARA A FOLHA

Cerca de 20% das mulheres entre 20 e 40 anos e 40% das brasileiras na pós-menopausa sofrem de deficiência de vitamina D, segundo pesquisa com 150 voluntárias que está sendo realizada há dois anos pela UPE (Universidade de Pernambuco) e pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A carência dessa vitamina, que age no fortalecimento dos ossos, está associada à ocorrência de osteoporose na menopausa.
O organismo obtém vitamina D de duas formas: pela ingestão de alimentos e pela sintetização da chamada provitamina D, que acontece quando a pele é exposta ao sol. Por isso se acreditava que a deficiência dessa vitamina fosse menor no Brasil e em outros países tropicais. Os percentuais obtidos pelo estudo, porém, são altos e contrariam essa tese, afirma o endocrinologista Francisco Bandeira e Farias, pesquisador da UPE.
Desde a década de 70, as mulheres têm se exposto menos ao sol e usado protetores solares devido ao risco de câncer de pele, diz o médico. "O filtro solar bloqueia totalmente a produção de vitamina D", afirma o pesquisador. Mesmo se expondo ao sol, porém, o risco de ter deficiência de vitamina D na pós-menopausa é grande. Nessa fase, explica Farias, a pele perde a capacidade de sintetizar a provitamina D.
Outro fator que aumenta o risco entre as brasileiras é a alimentação, que não é tão rica em vitamina D quanto é em outros países. As escandinavas, por exemplo, consomem grande quantidade de peixes gordurosos, como o salmão, que são boas fontes dessa vitamina.
A saída para suprir essa deficiência e prevenir a osteoporose, segundo Farias, é a suplementação, já adotada em países onde a incidência de raios solares é menor e não há consumo regular de alimentos ricos em vitamina D. Essa suplementação pode ser feita com compostos multivitamínicos ou com alimentos enriquecidos.
"Quando concluirmos a pesquisa, poderemos propor medidas para prevenir essa deficiência associada à falta de cálcio nos ossos e à osteoporose", afirma Farias. Enquanto isso não acontece, o pesquisador aconselha a ingestão diária de leite, importante fonte desse nutriente.

Aproximadamente 27% dos recifes de coral do mundo estão destruídos

Boca no trombone Participar de manifestações de protesto, como passeatas e piquetes, faz bem à saúde, sugere estudo realizado com mais de 40 pessoas na Universidade de Sussex (Reino Unido). Segundo a pesquisa, essas ações coletivas proporcionam fortes sensações de bem-estar psicológico que ajudam a lidar melhor com o estresse, com a ansiedade e até mesmo com a dor.

Vegetais contra o câncer Consumir vegetais pelo menos uma vez por semana ajuda a evitar câncer no estômago. Os claros, como o pepino, reduzem o risco em 52%; os amarelos, como a cenoura, em 36%; e as frutas em geral, em 30%, concluiu estudo japonês que acompanhou cerca de 40 mil pessoas desde 1990 e foi publicado na revista médica "International Journal of Cancer".

Para dormir bem Em "Insônia - Tudo o que Você Precisa Saber para uma Boa Noite de Sono" (160 págs., R$ 36, ed. Globo, tel. 0/xx/ 11/ 3457-1555), o médico Chris Idzikowski, que dirige o Serviço de Avaliação e Aconselhamento do Sono (Reino Unido), explica como funciona o sono. O livro traz testes, um CD com exercícios de relaxamento e um diário para o leitor analisar seu próprio sono.

Trabalho e saúde A probabilidade de adoecer -e faltar ao emprego- é 41% maior entre homens sem poder de decisão e 30% maior entre aqueles que trabalham com chefes insatisfeitos. Entre as mulheres, esses percentuais são menores: 14% e 20%, respectivamente. O resultado é de pesquisa feita na Universidade de Helsinque (Finlândia) com cerca de 6.000 trabalhadores.

Calores masculinos Segundo estudo da Universidade de Linkoping (Suécia), cerca de 30% dos homens com mais de 55 anos sentem sintomas da menopausa, como ondas de calor e suor. Esses homens também se queixam de cansaço e fraqueza, problemas geralmente associados à queda no nível de testosterona.


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