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Ruídos atrapalham a concentração
Especialista em fenômenos de distração, o terapeuta John Ratey,
da Faculdade de Medicina da Universidade Harvard, conversou
por e-mail com o Equilíbrio.
Quais são as origens do "pseudo-ADD"?
Nossa cultura se tornou uma cultura do déficit de atenção. Temos cada vez menos a capacidade de focar. Não contemplamos. Isso nos leva a dedicar um tempo muito pequeno para qualquer assunto. Temos mais "ruídos" em nossas cabeças e menos clareza. Assim, a atenção de todos nós vem diminuindo. O primeiro capítulo de meu livro "Síndromes Silenciosas" (ed. Objetiva) é dedicado ao "cérebro ruidoso".
Seus pacientes reclamam
desse problema?
Muitos deles sofrem com o tempo diminuto para pensar, atenção deficiente e um bocado de ruído.
É possível evitar o problema em um mundo com tantas promessas, especialmente no caso dos usuários de computador e da internet?
Identificar o problema e
enxergá-lo como ele verdadeiramente se apresenta
é o primeiro passo. É preciso "ajustar" o seu meio para que ele não o domine. Você deve erguer barreiras de segurança e criar lembretes para evitar se perder
nas "cibertentações".
O que você faz para evitar
o déficit de atenção em seu próprio cotidiano?
Em certos dias, não consulto meu e-mail e "me seqüestro": viajo para o campo ou vou à biblioteca.
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