GABRIELA SCHEINBERG
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A eficácia da pílula com menos efeitos colaterais. É o que promete o anticoncepcional Nuvaring, lançado no Brasil nesta semana e que, em 2001 -quando foi desenvolvido-, recebeu o prêmio de melhor invenção do ano na área de saúde, concedido pela revista norte-americana "Time".
O Nuvaring é um anel vaginal que substitui a pílula: contém os mesmos hormônios e seu ciclo também é mensal, ao contrário dos outros métodos de prevenção da gravidez, cujo efeito é ou mais breve -como o diafragma e as camisinhas feminina e masculina- ou mais longo -como o dispositivo intra-uterino (DIU) e as injeções e os implantes contraceptivos.
A própria usuária se encarrega de colocar a pequena e flexível argola de plástico na vagina, de maneira semelhante ao processo de introdução do diafragma e do absorvente interno. Com o calor do corpo, o anel começa a liberar dois hormônios (um estrogênio e um progestogênio). O Nuvaring permanece no corpo por três semanas. Na quarta, a mulher deve retirá-lo e, sem ele, menstrua. Se quiser continuar evitando a gravidez, ela deve colocar um novo anel na semana seguinte, explica o ginecologista Francisco Siervo Neto, diretor-médico do Organon, laboratório que fabrica o produto.
O novo contraceptivo está sendo testado no Brasil há cerca de um ano. Segundo o ginecologista Nilson Roberto de Melo, coordenador desses estudos e presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, o produto apresenta vários pontos positivos. "Há uma liberação contínua dos hormônios, ao contrário do que ocorre com a pílula, que produz picos de concentração no corpo", afirma. Além disso, ele contém doses menores de hormônios que a pílula, pois age localmente. "Com doses menores de hormônio, o anel causa menos efeitos colaterais, como enjôo, vômito e inchaço."
As contra-indicações do anel vaginal são as mesmas da pílula, portanto o Nuvaring deve ser evitado por mulheres com pressão muito alta, que já tiveram trombose, infarto e câncer de mama e por fumantes com mais de 35 anos. O tratamento custa cerca de R$ 39 por mês.


A cada ano, são registrados cerca de 60 mil caso de gestantes com sífilis no Brasil

Animais para o coração
Exercícios, dieta, acompanhamento médico e... animal de estimação. Essa é a receita para pessoas que sofreram um infarto, sugere estudo publicado na revista científica "The American Journal of Cardiology". Os pesquisadores constataram que pacientes que possuem animais recuperam-se mais rapidamente e estão menos sujeitos a ter outros problemas cardíacos.

Obesidade e próstata
Homens com excesso de peso significativo correm um risco 2,5 vezes maior de desenvolver câncer de próstata que os magros, indica pesquisa realizada no Hospital Universitário La Miletrie, na França. O aumento da probabilidade foi verificado em pacientes com índice de massa corpórea (IMC, obtido pela divisão do peso pelo quadrado da altura) superior a 30.

Para o corpo e o planeta
No recém-lançado "Alimentação para um Novo Mundo" (322 págs., R$ 38, ed. Record, tel. 0/ xx/21/2585-2000), o médico homeopata Marcio Bontempo critica os hábitos alimentares atuais e propõe mudanças que, além de mais saudáveis, não agridem o ambiente. O livro contém receitas vegetarianas, informações sobre vários alimentos e dicas para o dia-a-dia.

Vacina na terceira idade
Após analisar os históricos médicos de mais de 286 mil pessoas com mais de 65 anos, médicos americanos observaram que a vacina contra gripe protege o corpo também de problemas cardíacos e derrames. O estudo foi publicado na revista "New England Journal of Medicine". No Brasil, a campanha de vacinação na rede pública é voltada para pessoas com 60 anos ou mais.

Depressão e medicamentos
Amanhã, 11/4, às 13h, o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (SP) promoverá uma palestra gratuita sobre depressão. Os psiquiatras Frederico Demetrio e Karla Almeida discutirão o tratamento e o uso de medicamentos. Inscrições com Viviane, tel. 0/xx/11/3069-6648.


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