São Paulo, quinta-feira, 11 de julho de 2002
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poucas e boas

Novo tratamento para vitiligo e psoríase

GABRIELA SCHEINBERG - FREE-LANCE PARA A FOLHA

Um aparelho de laser é a mais nova opção de tratamento para os brasileiros portadores de psoríase e vitiligo, doenças crônicas ainda sem cura. Lançado mundialmente em fevereiro deste ano, em New Orleans (EUA), no encontro anual da Academia Norte-Americana de Dermatologia, o equipamento, chamado BClear (Targeted PhotoClearing System), já está disponível em São Paulo.
O vitiligo é uma doença que afeta aproximadamente 3% da população mundial e caracteriza-se pelo aparecimento de manchas brancas na pele. Sua causa ainda é desconhecida, mas os pesquisadores suspeitam que a doença seja de origem auto-imune. Segundo essa hipótese, o vitiligo seria desencadeado pelo próprio sistema de defesa do corpo, que passaria a atacar os melanócitos (células que dão cor à pele).
De causa também desconhecida, a psoríase ocorre quando há um aumento acelerado das células da epiderme, a camada mais superficial da pele. Esse crescimento anormal provoca a formação de placas avermelhadas que escamam. Essas placas podem aparecer em várias partes do corpo, sendo mais comuns nos cotovelos, nos joelhos e no couro cabeludo.
O BClear possui um cabo de fibra ótica que emite luz ultravioleta B, e o laser é aplicado somente nas áreas afetadas pelo vitiligo ou pela psoríase. "Essa é uma grande vantagem em relação aos tratamentos tradicionais, que submetem toda a pele do paciente aos raios ultravioleta", diz Renata Oshiro, dermatologista da Clínica Adriana Vilarinho, em São Paulo. Como a aplicação é localizada, o BClear protege as células saudáveis do fotoenvelhecimento e reduz o risco de câncer de pele.
O tratamento para vitiligo dura 20 semanas, com duas ou três aplicações semanais. O de psoríase é mais curto: são duas sessões semanais durante dez semanas. Segundo a médica, o tratamento com o BClear consegue restaurar a cor natural da pele nas manchas decorrentes do vitiligo e reduzir e até fazer desaparecer as placas da psoríase. "É mais uma arma contra essas doenças que ainda não têm cura", afirma Oshiro.



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