|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
poucas e boas
Novo tratamento para vitiligo e psoríase
GABRIELA SCHEINBERG - FREE-LANCE PARA A FOLHA
Um aparelho de laser é a mais nova opção de tratamento para os brasileiros portadores de psoríase e vitiligo, doenças crônicas ainda sem cura. Lançado mundialmente em fevereiro deste ano, em
New Orleans (EUA), no encontro anual da Academia
Norte-Americana de Dermatologia, o equipamento,
chamado BClear (Targeted PhotoClearing System), já
está disponível em São Paulo.
O vitiligo é uma doença que afeta aproximadamente
3% da população mundial e caracteriza-se pelo aparecimento de manchas brancas na pele. Sua causa ainda é
desconhecida, mas os pesquisadores suspeitam que a
doença seja de origem auto-imune. Segundo essa hipótese, o vitiligo seria desencadeado pelo próprio sistema
de defesa do corpo, que passaria a atacar os melanócitos
(células que dão cor à pele).
De causa também desconhecida, a psoríase ocorre
quando há um aumento acelerado das células da epiderme, a camada mais superficial da pele. Esse crescimento anormal provoca a formação de placas avermelhadas que escamam. Essas placas podem aparecer em
várias partes do corpo, sendo mais comuns nos cotovelos, nos joelhos e no couro cabeludo.
O BClear possui um cabo de fibra ótica que emite luz
ultravioleta B, e o laser é aplicado somente nas áreas afetadas pelo vitiligo ou pela psoríase. "Essa é uma grande
vantagem em relação aos tratamentos tradicionais, que
submetem toda a pele do paciente aos raios ultravioleta", diz Renata Oshiro, dermatologista da Clínica Adriana Vilarinho, em São Paulo. Como a aplicação é localizada, o BClear protege as células saudáveis do fotoenvelhecimento e reduz o risco de câncer de pele.
O tratamento para vitiligo dura 20 semanas, com duas
ou três aplicações semanais. O de psoríase é mais curto:
são duas sessões semanais durante dez semanas. Segundo a médica, o tratamento com o BClear consegue
restaurar a cor natural da pele nas manchas decorrentes
do vitiligo e reduzir e até fazer desaparecer as placas da
psoríase. "É mais uma arma contra essas doenças que
ainda não têm cura", afirma Oshiro.
Texto Anterior: pergunte aqui Próximo Texto: notas Índice
|