São Paulo, quinta-feira, 12 de agosto de 2004
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quem diria!

Água na boca

Fernando Moraes/Folha Imagem
Quando estamos diante de um prato de comida suculento ou sentimos um cheiro bom vindo da cozinha, é normal juntar água na boca. A salivação é a primeira etapa da alimentação e começa com um estímulo cerebral, segundo o professor de gastroenterologia Luiz Chehter, da Unifesp. "A simples idéia de comer já faz o indivíduo preparar a salivação", diz o professor. Mas, se sensação de água na boca causa desconforto, pelo excesso ou pela freqüência, pode ser um sinal de alerta do organismo. De acordo com Chehter, um tumor no esôfago, uma úlcera que estiver obstruindo a passagem do alimento no estômago e até mesmo um refluxo gastroesofágico podem provocar o excesso de salivação.

Formigamento nervoso

Luana Fischer/Folha Imagem
A sensação de formigamento no corpo geralmente é relacionada à má circulação do sangue, mas a tensão gerada pelo estresse também pode provocar dormência muscular. Segundo o professor de cirurgia vascular Henrique Jorge Guedes, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa (SP), quando a pessoa sofre de estresse o corpo libera substâncias como as catecolaminas, que geram a excitação nervosa. "Acontece uma contratura muscular involuntária. A pessoa está tensa, mas não percebe a excitação do nervo. Ela sente uma sensação de choque, como se fosse a volta de uma anestesia de dente", afirma Guedes. Para combater a dormência, o professor indica exercícios respiratórios e alongamento.

Giz na lousa

Fernando Moraes/Folha Imagem
A gastura que as pessoas sentem ao ouvir o ruído estridente do giz derrapando na lousa é um mecanismo de defesa do próprio ouvido. De acordo com o otorrinolaringologista Olavo Mion, do HC (SP), o arrepio que sentimos é causado por reflexos neurais do ouvido que se propagam para o resto do corpo por meio do sistema nervoso central. "Um som muito agudo pode causar lesões no sistema auditivo, por isso acontece esse reflexo no resto no corpo para mostrar que aquele som é uma agressão." O organismo também conta com mecanismos para que a pessoa consiga "se desligar" de outros barulhos contínuos, como o som do ar-condicionado ou de um motor ligado, sem perder a concentração.


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