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Muitos males conhecidos são incuráveis
O avanço da medicina permitiu identificar 11.700 doenças
genéticas, isto é, passadas de pai
para filho, porém muitas delas
ainda são incuráveis e inevitáveis, o que torna seu diagnóstico motivo de discussão, como o
caso da doença de Huntington.
Já existe exame que identifica
a predisposição ao mal de Alzheimer, por exemplo, quando
a doença for hereditária. "Mas
não há como prevenir o mal",
afirma a médica geneticista Iscia Lopes Cendes, do Departamento de Genética Médica da
Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Mais uma
vez, segundo os especialistas, o
debate gira em torno da necessidade -ou não- de a pessoa
saber se é portadora da doença.
Alterações semelhantes à de
Huntington são as ataxias espinocerebelaris -a coordenação
motora é afetada- e atrofia
dentatorubropallidoluysiana
-distonia infantil que causa
movimentos involuntários e
demência-, entre tantas outras, segundo a neurologista da
equipe da DFVneuro Mônica
Santoro Haddad, médica da
Clínica Neurológica do HC
(SP).
Nas famílias que já têm antecedentes de doenças genéticas,
é possível descobrir antes do
nascimento se a criança vai ser
afetada, desde que se conheça a
estrutura do gene alterado naquela doença.
Entretanto, para algumas
doenças genéticas, vale a pena o
diagnóstico precoce, como os
cânceres de mama, ovário, intestino grosso e próstata -entre 5% e 10% dos cânceres são
hereditários.
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