São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2004
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Muitos males conhecidos são incuráveis

O avanço da medicina permitiu identificar 11.700 doenças genéticas, isto é, passadas de pai para filho, porém muitas delas ainda são incuráveis e inevitáveis, o que torna seu diagnóstico motivo de discussão, como o caso da doença de Huntington.
Já existe exame que identifica a predisposição ao mal de Alzheimer, por exemplo, quando a doença for hereditária. "Mas não há como prevenir o mal", afirma a médica geneticista Iscia Lopes Cendes, do Departamento de Genética Médica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Mais uma vez, segundo os especialistas, o debate gira em torno da necessidade -ou não- de a pessoa saber se é portadora da doença.
Alterações semelhantes à de Huntington são as ataxias espinocerebelaris -a coordenação motora é afetada- e atrofia dentatorubropallidoluysiana -distonia infantil que causa movimentos involuntários e demência-, entre tantas outras, segundo a neurologista da equipe da DFVneuro Mônica Santoro Haddad, médica da Clínica Neurológica do HC (SP).
Nas famílias que já têm antecedentes de doenças genéticas, é possível descobrir antes do nascimento se a criança vai ser afetada, desde que se conheça a estrutura do gene alterado naquela doença.
Entretanto, para algumas doenças genéticas, vale a pena o diagnóstico precoce, como os cânceres de mama, ovário, intestino grosso e próstata -entre 5% e 10% dos cânceres são hereditários.


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