São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2008
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Lazer

Após a aposentadoria, o sonho de muita gente é arrumar as malas e dar início a uma seqüência de viagens.
Mas os passageiros idosos têm de prestar atenção em alguns cuidados específicos para que a mudança na rotina não acabe gerando também mudanças na saúde. Afinal, as farmácias e os consultórios médicos não costumam ser pontos turísticos muito interessantes.

76. Ao planejar o roteiro, leve em consideração a temperatura, pois a sensibilidade a variações térmicas é maior nessa faixa etária. Prefira a primavera ou o outono

77. Procure saber se o plano de saúde oferece uma cobertura internacional

78. Peça ao médico um relatório sucinto, em inglês, informando doenças crônicas e medicações em uso; caso ocorra algum problema, o médico do outro país terá como avaliar o quadro de forma mais ampla

79. Leve um eletrocardiograma de base normal; isso pode ajudar quem fizer a avaliação médica a saber se uma eventual alteração nos batimentos cardíacos é crônica ou aguda

80. Leve todos os medicamentos necessários numa quantidade suficiente para todo o período da viagem -sem se esquecer de levar também todo o receituário

81.Leve o telefone celular do clínico, para que, em uma emergência, o médico possa trocar informações com o profissional que o atender

82. Antes de visitar locais isolados, busque se informar sobre o serviço hospitalar mais próximo

83. Quem tem varizes ou costuma ter inchaço nas pernas precisa caminhar freqüentemente no corredor do avião, para facilitar a circulação sangüínea; usar meias elásticas também ajuda

84.Quem já teve trombose e não toma nenhuma medicação anticoagulante pode consultar o médico sobre a possibilidade de tomar uma injeção de anticoagulante antes da viagem, principalmente se for passar muito tempo no avião

"Só não estou pronta para outra no bolso"
"Acabo de voltar de uma viagem de 24 dias pela Europa. Quando recebi o convite de um casal amigo, ao mesmo tempo em que tive vontade de dizer sim na mesma hora, fiquei insegura. Não sabia se daria certo, se me cansaria muito... Disse aos meus amigos que só iria se tivesse certeza de que estava bem.
Por isso, para aceitar a viagem tranqüilamente, fui ao ginecologista, fiz exames de sangue, endoscopia e ultra-sonografia do abdômen. O que foi ótimo, porque minha dosagem de glicose estava um pouco alterada e havia gordura no fígado. Dessa forma, pude ser mais criteriosa com a comida durante o passeio.
Meu roteiro foi feito por uma pessoa experiente, porque não aconselho ninguém a ir sozinho em uma primeira viagem internacional, já que se vai em busca do desconhecido e ainda há o problema da língua...
Como foi feito todo de ônibus, o roteiro me preocupava um pouco: havia viagens de mais de 500 km, e eu acabava comparando com as viagens de São Paulo a Bauru, em que eu chegava quebrada! Mas as estradas eram muito boas, o ônibus era confortável, as paradas para lanche e para usar um banheiro foram muito bem programadas. Nas cidades, parávamos para um café no meio do dia e aproveitávamos para descansar.
Só não estou pronta para outra viagem no bolso, porque, de resto, adorei a brincadeira, quero repetir."
Maria Aparecida Cunha de Souza, 68


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