São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 2002
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

poucas e boas

Higiene bucal exige fio-dental e escova

JULIANA DORETTO - FREE-LANCE PARA A FOLHA

Não perca mais tempo analisando todos os modelos de escovas de dentes disponíveis na farmácia. Em vez disso, reserve um espaço no armário para montar um estoque de fio-dental.
O objetivo de um estudo realizado na Universidade de Bristol, no Reino Unido, era comparar a eficácia dos vários tipos de escova. Para isso, 24 voluntários ficaram sem nenhuma higiene oral durante quatro dias. Após esse período, oito escovas foram testadas. O resultado, porém, derrubou a premissa da qual os pesquisadores haviam partido: nenhuma se mostrou superior. Todas elas removem apenas 40% da placa bacteriana.
Essa pesquisa reforça a orientação feita por muitos dentistas aos seus pacientes: para garantir uma boa higienização bucal, é fundamental usar também o fio-dental. "O fio elimina a placa que fica entre os dentes, onde a escova praticamente não tem ação", explica o professor de odontopediatria da USP José Carlos Imparato. Segundo ele, essa área e a região da mastigação - onde os dentes superiores e inferiores se encontram- são os pontos nos quais as cáries mais aparecem.
O uso do fio-dental é recomendado desde bem cedo. Os pais devem começar a passar o fio entre os dentes do bebê, assim que eles se encostarem. Até os quatro anos, a criança ainda precisa da ajuda de um adulto. Depois dessa idade, ela pode começar a utilizar o fio-dental sozinha, desde que supervisionada.
Outro componente que pode se aliar à escova e ao fio são os anti-sépticos bucais. "Eles são muito importantes como coadjuvantes, mas não são indicados para todos. Quem tem poucas restaurações na boca e hábitos alimentares saudáveis e visita o dentista regularmente não precisa usar esses complementos", afirma.
Segundo o professor, a placa bacteriana nunca é removida totalmente. Mas a "sujeirinha" nem sempre é tão ruim. A placa que teima em não sair funciona como um depósito do flúor liberado pelo creme dental. Além disso, a higienização, mesmo incompleta, desorganiza a estrutura da placa que fica na boca, interrompendo a evolução das doenças.

Catarata afeta a visão de aproximadamente 400 mil brasileiros por ano, segundo OMS

Em família Pesquisa feita pelo CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) em 11 capitais com 1.772 estudantes de ambos os sexos, com idade entre 16 e 30 anos, revela que 15% dos entrevistados já experimentaram maconha. Desse total, 3% afirmam que os pais permitem o uso da droga. Esse percentual varia de acordo com a cidade: atinge os maiores valores no Rio de Janeiro (14%) e em Porto Alegre (9%) e diminui nas demais (4% em Belém e Manaus, 3% em Goiânia e São Paulo, 2% em Curitiba, Salvador, Macapá e Porto Velho). Em Recife, nenhum entrevistado disse que os pais aprovam o hábito. Há variação regional também em relação ao consumo regular, que é mais frequente entre os estudantes de Goiânia (40%), Belém (32%), Curitiba (29%), Salvador (27%) e São Paulo (24%).

Sucção para turbinar Mulheres que querem aumentar o tamanho dos seios já contam com uma opção não-cirúrgica. O cirurgião plástico americano Roger Khouri criou um sutiã com dispositivo de sucção que estimula as células a produzirem tecido mamário. O produto já foi aprovado pela FDA (agência reguladora de alimentos e remédios dos EUA). Informações: www.brava.com.

Testosterona e paternidade Quando quer ser pai, o homem estimula a produção de testosterona, sugere pesquisa publicada na revista "New Scientist". Nos voluntários que tentavam engravidar suas parceiras, os pesquisadores observaram que os picos desse hormônio coincidiam com a intensificação da atividade sexual. A testosterona aumenta a produção de esperma, facilitando a concepção.

Tosse de mulher As mulheres são mais sensíveis aos agentes que provocam tosse. A conclusão é de estudo feito na Universidade de Hull (Grã-Bretanha) com 118 pessoas expostas a produtos irritantes, como o ácido cítrico. Nesse teste, os pesquisadores constataram que as mulheres tossem duas vezes mais que os homens.



Texto Anterior: Quando a segunda opinião pode ser útil
Próximo Texto: s.o.s. família - rosely sayão: Pais e professores não educam com ameaça
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.