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poucas e boas
Epiléticos devem praticar exercícios
LILIANA FRAZÃO
EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO
Pesquisa realizada na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) desmente o mito de que pessoas que sofrem de epilepsia devem ser sedentárias. Com acompanhamento médico e a doença sob
controle, o epilético pode praticar quase todos os esportes e obter os mesmos benefícios físicos, como aumento
da capacidade cardiorrespiratória, das pessoas que não
têm a doença, afirma o autor do estudo, o pesquisador e
professor de educação física Ricardo Arida.
Parentes, amigos e até médicos de epiléticos desaconselham a prática de exercício, porque temem que a atividade física desencadeie crises. A pesquisa de Arida,
porém, confirmou o que já havia sido constatado no exterior. Dos cem pacientes do Ambulatório de Epilepsia
da Unifesp que foram analisados, 84% nunca tiveram
crise enquanto se exercitavam. Além disso, 36% acreditam que os exercícios podem auxiliar no tratamento.
Segundo Arida, não existem evidências científicas de
que os exercícios diminuam a frequência ou a duração
das crises epiléticas, mas eles contribuem para o bem-estar físico e psicológico do paciente. "A epilepsia ainda
é alvo de muito preconceito, e os exercícios ajudam a
aumentar a auto-estima e são o meio mais rápido de integrar o paciente à comunidade, principalmente as
crianças", diz ele, que desaconselha apenas os esportes
aquáticos e os radicais, como alpinismo.
Esse foi o primeiro estudo sobre epilepsia e exercícios
feito no Brasil e será publicado na revista científica
"Epilepsy & Behavior" (EUA). Participaram pacientes
de 18 a 56 anos. Entre os 51% que eram ativos fisicamente, 15% exercitavam-se três vezes por semana.
A epilepsia é uma doença neurológica que pode ter
origem desconhecida ou ser causada por uma lesão cerebral. Por algum tempo -segundos, às vezes minutos-, o cérebro gera sinais elétricos incorretos, o que
provoca as crises. O tipo mais conhecido de crise epilética é a convulsiva, mas o epilético pode também apresentar ausência -perder o contato com a realidade-
ou movimentos involuntários, entre outros sintomas.
Aproximadamente 40% dos brasileiros sofrem de halitose (mau hálito)
Religiosidade induzida Os longos tubos de alguns órgãos de igreja produzem sons muito graves -infra-sons-, que podem estimular a religiosidade.
Em estudo com esses sons feito na Universidade de Hertfordshire (Reino Unido),
muitos dos 750 voluntários relataram sensações estranhas, como formigamento,
saudade e tristeza, que poderiam ser interpretados como experiências místicas.
Depressão em idosos Pesquisa com 3.700 pessoas com 60 anos ou mais,
no Centro Médico da Universidade Erasmus (Holanda), registrou maior incidência de depressão entre aqueles que apresentavam rigidez arterial. Baseados nesse
resultado, os pesquisadores holandeses recomendam tratar a rigidez arterial logo
nos primeiros sintomas como forma de prevenir a depressão.
Para turistas espertos "Arquipélago Fernando de Noronha - O Paraíso do Vulcão" (168 págs., R$ 40, ed. Terra Virgem,
tel. 0/xx/11/3081-9932) é uma leitura diferenciada para quem pretende viajar para essas ilhas do litoral de Pernambuco. Com dezenas de fotos, o livro explica a formação geológica, a fauna, a flora e a
história em textos coordenados por geólogos e biólogos.
Vacina contra cigarro Uma empresa britânica está desenvolvendo uma vacina que poderá ajudar os fumantes a largarem
o vício. Segundo a rede BBC, a vacina estimula a produção de anticorpos que evitam que as substâncias viciantes do cigarro cheguem ao cérebro.
Sexo, peso e coração Pesquisa da Universidade da Califórnia com 648
mulheres, metade das quais homossexuais, constatou que as lésbicas geralmente
pesam mais e, por isso, correm maior risco de ter problemas cardíacos que as heterossexuais. Os pesquisadores supõem que essa diferença esteja relacionada a valores -as lésbicas estariam menos preocupadas com a forma física.
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