São Paulo, quinta-feira, 20 de setembro de 2007 |
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10 PERGUNTAS SOBRE O ANTICONCEPCIONAL HORMONAL Como age e qual é a eficácia? Quando um anticoncepcional hormonal é administrado, os hormônios do medicamento se ligam aos receptores de hormônios presentes na hipófise (glândula que fica no cérebro). O tratamento, então, "engana" a hipófise, levando a ela a informação de que o ovário já está produzindo os seus hormônios e vai ovular. O resultado é que a glândula não estimula o ovário, o que inibe a ovulação. Em geral, a eficácia desses métodos é considerada alta, em torno de 96%, 97% Quem toma por muito tempo tem menos chances de engravidar? Essa dúvida, muito comum entre as mulheres, não passa de um mito. O que é possível ocorrer é uma demora de até três meses após a suspensão do tratamento, já que, quando a paciente pára de tomar o medicamento, o ovário pode demorar um tempo para voltar a funcionar normalmente. A pílula pode até, sob alguns aspectos, proteger a fertilidade da mulher. Causa varizes? O aparecimento de vasinhos era mais comum com o uso dos anticoncepcionais mais antigos, de alta dosagem. Hoje, com as opções de dosagem mais baixa, o risco existe só para mulheres que têm predisposição. O quadro de quem já tem varizes pode piorar com o uso da pílula. Diminui as cólicas? Para alguns especialistas, o uso de anticoncepcionais hormonais é um dos melhores tratamentos para a dismenorréia -a cólica menstrual. Quando não há ovulação, a parede do endométrio fica mais fina e o fluxo menstrual, menos abundante. Com isso, o útero tem menos contrações durante a menstruação, o que provoca menos dor. Evita a TPM? Os sintomas da tensão pré-menstrual surgem nos ciclos ovulatórios. Quando não há ovulação, caso de quem usa métodos anticoncepcionais hormonais, diminuem os incômodos dessa fase. As chamadas pílulas de ingestão contínua, que regulam a dose de hormônio ingerido após o 21º dia, evitam uma queda hormonal brusca, o que provoca maior alívio desses sintomas. Há pílulas também que são feitas com um derivado sintético da progesterona que tajuda na eliminação de líquidos, evitando alguns incômodos dessa fase.
Engorda? Fontes: ÂNGELA MAGGIO FONSECA, ginecologista e obstetra, professora associada do departamento de ginecologia e obstetrícia da Faculdade de Medicina da USP; CLÁUDIO BONDUKI, ginecologista e obstetra, professor-assistente do departamento de ginecologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e ginecologista do Hospital Sírio-Libanês; MÁRIO ANTONIO MARTINEZ FILHO, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz; LUCIANO DE MELO POMPEI, ginecologista e obstetra, professor-assistente do setor de ginecologia endócrina da Faculdade de Medicina do ABC e secretário da comissão de mastologia da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia); SILVANA CHEDID, ginecologista, diretora da clínica Chedid Grieco e chefe do setor de reprodução humana do hospital Beneficência Portuguesa Texto Anterior: Muito além da pílula Próximo Texto: Impasse alimentar Índice |
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