São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 2006
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CORAÇÃO DE MULHER
"Li a reportagem "Coração feminino", do dia 2/3, e gostaria de saber se síncope vasovagal é o mesmo que síncope neurocardiovascular. Em 8/2, eu estava fazendo exercícios pós-operatórios sob orientação de uma fisioterapeuta. Tive uma espécie de "apagão" que durou alguns segundos. Depois, senti tontura, vista ofuscada, náuseas, dores no peito e no estômago e tive alteração da pressão arterial. A fisioterapeuta disse que era síncope vasovagal e me indicou uma cardiologista. A cardiologista diagnosticou que não tenho nada e, após algumas perguntas, receitou uma vitamina e Dramin caso tivesse tontura ou náuseas intensas. Não estou me sentido bem desde o ocorrido."

GRAÇA TAVARES (São Paulo)

Antônio Cláudio Nóbrega, cardiologista e presidente da Sociedade de Medicina do Esporte do Rio de Janeiro, esclarece que as duas expressões elencadas pela leitora são sinônimos e definem o mesmo quadro, caracterizado por desmaios freqüentes. "O paciente não chega a morrer por causa dessa síncope, mas há uma queda de qualidade de vida. Geralmente, ele se sente ansioso e tem medo de que algo lhe aconteça durante um desmaio", comenta o especialista. Ele enfatiza que, para ser diagnosticada corretamente, essa doença precisa de uma investigação rigorosa que afaste causas perigosas como os problemas cardíacos. Entre os exames que a paciente deveria fazer está o teste de inclinação ou "tilt test", em que a freqüência cardíaca e a pressão arterial são observadas durante a mudança passiva de posição (de deitado para em pé). Esse exame pode apontar a vulnerabilidade do paciente para a síncope neurocardiovascular.

MAU HÁLITO
"Gostaria de saber se há como evitar o mau hálito causado pela amigdalite crônica sem ser tirando as amígdalas."

L. H.

Richard Voegel, presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, explica que, se o paciente realmente possuir um quadro de amigdalite crônica, a indicação é a retirada das amígdalas. Mas ele afirma que freqüentemente quadros de mau hálito são provocados por restos alimentares presos na amígdala. Nesses casos, vale gargarejar com soro fisiológico depois de ingerir alimentos.


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