São Paulo, quinta-feira, 23 de maio de 2002
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

boquiaberto

Para os torcedores
Os torcedores que cruzarem o mundo para assistir à Copa ao vivo podem se preparar para comer "kimchi". Esta conserva bem condimentada foi criada para substituir as hortaliças durante o inverno e é acompanhamento obrigatório em todas as refeições. A Korean Food Academy cadastrou mais de cem receitas de "kimchi", todas baseadas em vegetais, como repolho e rabanete. O preparo do "kimchi" remonta à época em que os ancestrais dos atuais coreanos ocupavam a Manchúria, na região norte da China: a conserva é mencionada no "Livro de Si-Kyong", uma coletânea de poesia chinesa escrita há cerca de 2.600 anos. O "kimchi" pode surpreender pelo sabor forte e ardido, mas há outros pratos coreanos que podem causar surpresa apenas pelos nomes, se forem escritos no alfabeto ocidental. Um deles é o "sundae", que nada tem a ver com sorvete: é um tipo de salsicha, feita com intestino de porco e recheada com alimentos como feijão, tofu e verduras. Em um país em que comer carne de cachorro faz parte da tradição, o "bulgogi" também pode causar confusão. Apesar da grafia do nome lembrar a raça buldogue, esse prato não é feito com o melhor amigo do homem. É o termo utilizado para carne grelhada, principalmente bovina e suína.

Bebedeira épica
Exagerar na cerveja não é um (mau) hábito recente, segundo alguns historiadores. Os antigos assírios, que já usavam a cevada para fabricar essa bebida fermentada, registraram uma típica bebedeira no épico "Gilgamesh", escrito por volta de 1.800 a.C. Um dos trechos sobre a integração do selvagem Enkidu ao mundo civilizado afirma que ele bebeu cerveja por sete vezes. Depois desse "vira-vira", ele começou a falar em voz alta, seu corpo foi tomado por uma sensação de bem-estar e seu rosto se iluminou -uma descrição apropriada para quem exagerou na dose. Bons de copo, os assírios também apreciavam o vinho de palmeira, bebida de alto teor alcoólico que é consumida até hoje.



Texto Anterior: Alecrim: Polenta amarela já foi branca e cinza
Próximo Texto: Drible a neura: É preciso dar ouvidos ao problema da audição
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.