São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2004
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poucas e boas

Duas novidades para doenças do coração

MARCOS DÁVILA
DA REPORTAGEM LOCAL

Um novo remédio para hipertensos e a divulgação de um estudo sobre a expectativa de vida de pacientes com insuficiência cardíaca revelam novas direções no tratamento de doenças do coração.
Para as pessoas com hipertensão, o laboratório brasileiro Biosintética Farmacêutica acaba de lançar um medicamento que faz uma combinação fixa dos fármacos atenolol (betabloqueador) e anlodipino (antagonista do cálcio). A combinação de um betabloqueador -usado para diminuir o consumo de oxigênio do coração- com um antagonista do cálcio -que funciona como um vaso dilatador e melhora o aporte de oxigênio e nutrientes para a musculatura do coração- em apenas um medicamento ainda não existia no Brasil.
"Combinações fixas de medicamentos para pacientes com hipertensão são sempre bem-vindas", afirma o cardiologista Carlos Alberto Machado, coordenador da Liga de Hipertensão Arterial do bairro do Belém, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Segundo ele, mais de 50% dos hipertensos abandonam o tratamento no primeiro ano. Grande parte deles, no primeiro mês. "Utilizar duas classes de remédio melhora muito a adesão ao tratamento. Facilita a vida do enfermo, que não precisa se preocupar com os horários de dois remédios diferentes."
A outra boa nova é a divulgação de uma pesquisa da Unifesp que mostra o aumento da expectativa de vida em pacientes que passaram por uma cirurgia de implante de prótese no interior da válvula mitral com correção do ventrículo esquerdo.
A operação é indicada para casos graves de insuficiência cardíaca -geralmente é realizada em pacientes terminais que tiveram infarto e que, por algum motivo, não podem realizar um transplante. "É uma forma alternativa ao transplante", diz o cirurgião cardiovascular Luciano Figueiredo Aguiar, um dos responsáveis pelo estudo.
A pesquisa acompanhou 26 pacientes submetidos a essa cirurgia no Hospital São Paulo, todos com expectativa de vida de apenas seis meses. Depois de cerca de 17 meses da cirurgia, 85% deles continuavam bem. Após quatro anos, aproximadamente, 80% dos pacientes estavam vivos.

Uma em cada cinco crianças chinesas sofre de depressão

Bom humor O Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (SP) está recrutando pessoas de 21 a 45 anos para participar de estudo que avalia os efeitos de baixas doses de antidepressivos no estado emocional habitual de pessoas normais. Os voluntários devem ser sadios, não apresentar doenças crônicas (como hipertensão, diabetes e bronquite) e não estar em tratamento ou utilizando algum tipo de medicamento. Durante a pesquisa, serão observados o humor, a personalidade e outras variáveis psicológicas. Pessoas muito ansiosas, deprimidas, irritadas ou que não morem na cidade de São Paulo não poderão participar. Mais informações pelos telefones 0/xx/11/3069-6958 ou 3069-6978.

Combate ao fumo Em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Fumo (dia 29/ 8), a Faculdade de Medicina do ABC (SP) promove amanhã (dia 27/8), a partir das 14h, o "1º Fórum de Debates sobre Combate ao Tabagismo". O evento é gratuito e conta com as palestras "Aspectos gerais sobre tabagismo", "Tabagismo e câncer", "Dependência à nicotina" e "Dependência psicológica e terapia comportamental". O fórum acontece no auditório do setor de oftalmologia da faculdade (av. Príncipe de Gales, 821, Santo André, tel. 0/xx/11/4993-5491). Para participar, basta ir ao local.

Medicina nutricional No livro "O que seu Médico Não Sabe sobre Medicina Nutricional Pode Estar Matando Você" (ed. M. Books, 232 págs., R$ 59), o escritor e médico norte-americano Ray D. Strand explica, com base em estudos científicos, que a ingestão de certos nutrientes pode provocar grandes modificações no organismo do homem, dificultando a progressão de doenças graves, como certos tipos de câncer e os males de Alzheimer e Parkinson.

Saúde feminina Nos próximos dias 28 e 29/8, o Programa Einstein, da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira, promove uma campanha que deve beneficiar cerca de 2.000 moradoras de baixa renda da comunidade Paraisópolis (SP) na prevenção e detecção do câncer ginecológico. Serão montados 20 postos para fazer exames gratuitos. A expectativa é que 500 mulheres necessitarão de atendimento após a campanha, que será viabilizado por parcerias entre o Hospital das Clínicas e o Pérola Byington.


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