São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 2002
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poucas e boas

Falta de memória não é problema de idade

DA REPORTAGEM LOCAL

S e um adolescente de 15 anos resolver competir com seu avô de 60 para ver quem tem a memória mais afiada, o "páreo" pode ser duro. Estudo do neurofisiologista Avelino Leonardo da Silva, da Unesp (Universidade Estadual Paulista), mostra que um idoso pode ter capacidade de memória idêntica à de um jovem. "Tudo depende de aprendizado, treino e experiência, ou seja, dos estímulos que o cérebro da pessoa recebe", diz .
O pesquisador aplicou testes em grupos de jovens de 12 anos, que cursavam a sexta série do ensino fundamental, e de 18 anos, da terceira série do ensino médio, de escolas públicas e particulares. Os mesmos testes foram feitos com pessoas acima de 55 anos divididas em dois grupos: as que concluíram o ensino médio ou o superior e as que não passaram da quarta série.
Comparando os resultados, Silva constatou que não havia nenhuma diferença, quanto à capacidade de memorização, entre idosos de nível elevado de escolaridade e jovens da terceira série do ensino médio. Já idosos de baixa escolaridade tiveram desempenho similar ao das crianças da sexta série. "Isso prova que os neurônios não se degeneram em grandes quantidades com o passar dos anos, mas que se tornam inativos por falta de estímulos", diz o neurofisiologista.
Outra prova disso é que, ao comparar a capacidade de memorização dos jovens de maior escolaridade com a dos estudantes de sexta série, o pesquisador identificou uma capacidade 22% maior de memorização entre os primeiros. E os adultos com maior nível de escolaridade apresentaram desempenho 33% maior que aqueles que só cursaram o nível fundamental.
Segundo Silva, independentemente da idade, a melhor forma de estimular o cérebro é colocando-o para funcionar. "Ler, jogar xadrez, decorar textos, por exemplo, são exercícios que deixam a memória mais ágil. Fazendo isso, não só a memória é favorecida, mas a capacidade intelectual como um todo", completa.

Na medida do sol Não basta o fator de proteção solar (FPS) estar correto. Segundo estudo publicado no "British Medical Journal", as pessoas passam muito menos protetor do que deveriam. Para acertar na dose, aplique duas linhas finas do produto na palma da mão: uma partindo do dedo indicador até o fim da palma da mão e a outra a partir do dedo do meio. É o suficiente para cada parte do corpo.

Santas frutas e verduras Pesquisa feita durante duas décadas, com mais de 9.600 pessoas, indica: comer verduras e frutas reduz em 24% a incidência de doenças cardíacas e em 27% a ocorrência de derrames. Para obter esse efeito protetor, diz o estudo, publicado no "American Journal of Clinical Nutrition", é preciso consumir três porções por dia desses alimentos.

S.O.S. cuidadores A Unicamp lança um livro para ajudar familiares que cuidam de parentes com doenças crônicas. "Orientações para Cuidadores Informais na Assistência Domiciliar", organizado por Ernesta Ferreira Dias, Jamiro da Silva Wanderley e Roberto Teixeira Mendes (142 págs., R$ 12, Editora da Unicamp), é uma espécie de guia com orientações sobre procedimentos para situações diversas.

Telefone dental Engenheiros ingleses criaram um telefone para ser implantado no dente. Trata-se de um pequeno vibrador e de um receptor de ondas de rádio. Para "instalá-lo", basta passar no dentista. Os criadores antecipam que esse será o primeiro implante não-médico a ser colocado no corpo.

Menopausa O Instituto de Psicologia da USP promoverá, como parte de um trabalho de tese de doutorado, encontros para mulheres interessadas em informações sobre menopausa. Entre 20/7 e 31/8, aos sábados de manhã, na Cidade Universitária. Há 40 vagas, e os eventos são gratuitos. Inscrições e informações pelo tel. 0/xx/11/5044-7131, com Carmen Lúcia Souza.

14% da força de trabalho de São Paulo sofre de tendinite



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