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São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 2003
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poucas e boas

Nova técnica para gengivas manchadas

KARINA KLINGER
FREE-LANCER PARA A FOLHA

Um novo procedimento promete clarear manchas de gengiva sem anestesia, sangramento ou dor. Criado originalmente para a retirada de cáries, o aparelho CVDentUS é uma espécie de lápis com ponta diamantada que provoca uma leve descamação na mucosa gengival sem cortá-la. "Como ele esfrega a gengiva por meio de movimentos suaves, o paciente não sente dor. O equipamento também não esquenta o local e, como elimina água, reidrata a gengiva. Sem falar que ele não é barulhento como as brocas", explica a cirurgiã-dentista Debora Ayala Walverde, de São Paulo, que descobriu o novo uso do aparelho e cujo trabalho será publicado na próxima edição da "Pratical Procedures Aesthetic Dentistry", uma das principais revistas de odontologia dos Estados Unidos.
Homens e mulheres de pele morena com gengivas arroxeadas ou fumantes com manchas são os principais beneficiários da técnica. A gengiva escurece por causa de uma produção excessiva de melanina, induzida pelo aquecimento provocado pelo cigarro.
Até agora, essas manchas eram retiradas com o bisturi de Orban ou com laser. No primeiro caso, uma lâmina remove as primeiras camadas da gengiva, e a anestesia é indispensável. De acordo com Walverde, essa técnica de fricção aquece o local, desidratando a mucosa e causando ardência e sangramento. Além disso, é preciso usar cimento cirúrgico, uma espécie de curativo que incomoda durante a cicatrização. Quando se recorre ao laser, a anestesia é usada apenas em pacientes mais sensíveis. "A desvantagem é que deixa a gengiva com aspecto queimado."
O tratamento de clareamento com o aparelho CVDentUS demora de 45 minutos a duas horas, dependendo do tipo de mancha. Para Gil Puglisi, da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, diante do bisturi e do laser, o lápis diamantado parece mais viável. "Apesar de o método ser recente demais e exigir mais pesquisas, não vejo nenhum tipo de contra-indicação", diz ele.

Quase 1 milhão de brasileiros têm problemas renais, e 70% deles não sabem disso

Celular na caminhada
Se o telefone celular tocar, é melhor ficar parado. Andar e falar no celular ao mesmo tempo modifica o ritmo respiratório, sugere estudo da Universidade de Queensland (Austrália) divulgado pela rede britânica BBC. Segundo os pesquisadores, essa alteração reduz a atividade dos músculos que protegem a coluna vertebral.

Charuto e cachimbo
Pesquisa divulgada na revista médica "International Journal of Epidemiology", realizada com mais de 7.100 pessoas, indica que fumar charuto e cachimbo é tão prejudicial para a saúde quanto fumar cigarros de baixo teor. Nesse grupo de fumantes, o risco de sofrer de câncer de pulmão e doenças cardíacas, entre outras, é equivalente ao de quem consome mais de 19 cigarros por dia.

Para obsessivos-compulsivos
Auxiliar pessoas com TOC (transtorno obsessivo-compulsivo) é o objetivo de "Vencendo o Transtorno Obsessivo-Compulsivo" (168 págs., R$ 42, ed. Artmed, tel. 0800-7033444). Escrito em uma linguagem simples e acessível pelo psiquiatra Aristides Cordioli, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (RS), esse guia traz orientações práticas, recomendações e testes.

Auto-estima e cérebro
Durante 15 anos, pesquisadores da Universidade McGill (Canadá) acompanharam 92 idosos. Os exames constataram que o cérebro daqueles com baixa auto-estima chega a ser um quinto menor. A atitude negativa em relação a si próprio ainda prejudica a memória e a capacidade de aprendizado.

Informações sobre câncer
Acaba de ser lançado o Oncoguia (www.mediasight.com.br/clientes/oncoguia), um site dedicado exclusivamente a divulgar informações úteis para pacientes com câncer. O portal reúne notícias sobre pesquisas, orientações psicológicas e explicações sobre a doença.


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