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Doenças de vestibulando
Dependendo da vulnerabilidade do estudante, o
estresse pode constituir
um fator de risco para várias doenças. E mais: elas
podem não aparecer no
momento, mas a longo
prazo, em forma de uma
úlcera, por exemplo.
O psiquiatra Sérgio
Henriques Jr., que há seis
anos se ocupa de vestibulandos, diz que um aluno
que passa a estudar demais, reduzindo suas horas de sono, fica mais irritável e tenso. Tem mais
probabilidade de se envolver em conflitos com as
pessoas próximas e passar
a sofrer com gastrites, cefaléias, depressão, diminuição da libido e até impotência.
A história da promotora
de vendas Clarissa Ferreira Martins, de 18 anos, é
um exemplo de como o
estresse pode afetar um
estudante. No ano passado, quando prestou vestibular pela primeira vez,
ela estava "desencanada"
até novembro. Às vésperas da prova, "caiu na
real" e ficou ansiosa. Começou a apresentar queda
de cabelo, o que o médico
diagnosticou como decorrência do estresse. A experiência não serviu para
muita coisa neste ano.
"Tenho medo de que
aqueles que não precisam
trabalhar estudem mais e
se saiam melhor", diz ela,
que acaba de ganhar uma
gastrite. "Estou comendo
em horas erradas e vivo
me empanturrando de
porcarias."
Problemas com o peso
são comuns. No ano passado Priscila Montebelo
Begliomini, 20, candidata
de medicina, engordou 5
kg. Estava com colesterol
alto. Este ano, ela se antecipou, seguindo uma dieta
passada pelo endocrinologista. "Não passar no vestibular e ainda ficar gorda
é demais", reclama.
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