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Ingredientes
Tamarindo integra receitas asiáticas
RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O tamarindeiro está
tão adaptado às terras brasileiras que
muitos se surpreendem ao descobrir que a árvore é
nativa das savanas da África.
Mas seu nome vem de outra
parte. Conhecido dos indianos
desde tempos pré-históricos, o
fruto foi batizado de tâmara da
Índia pelos árabes, que acreditavam ser aquela sua origem.
Segundo os pesquisadores
Edvan Alves Chagas e José
Emílio Bettiol Neto, do IAC
(Instituto Agronômico), trata-se de uma árvore de fácil cultivo. "São plantas bastante rústicas e com pouca incidência de
pragas e doenças. Por isso, vivem aproximadamente cem
anos, com uma produtividade
ao redor de 100 a 300 quilos de
vagem por árvore."
A vagem é o próprio fruto. O
tamarindo tem formato oval e
achatado, com casca resistente
marrom, e abriga pequenas sementes em seu interior. A polpa, escassa e agridoce, é muito
apreciada na culinária de alguns países asiáticos.
Serve não só ao preparo de
sorvete, doces e balas mas também pode ser consumida ao natural. Em forma de um creme
concentrado, é um importante
condimento de certas receitas
na Índia, Tailândia e Indonésia,
como cozidos, conservas e
chutneys. Até o molho inglês,
cuja fórmula é secreta, leva tamarindo em sua composição.
De acordo com os pesquisadores do IAC, o processamento
da polpa não apresenta grandes
dificuldades. Inicialmente, os
frutos são secos ao sol durante
seis dias. Depois, as cascas são
quebradas para a retirada da
polpa, que fica secando por cerca de três dias.
O fruto é rico em proteínas e
minerais como potássio e cálcio, além de possuir boas doses
de vitamina C e calorias (cerca
de 272 por 100 g).
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