São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 2006
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Ingredientes

Tamarindo integra receitas asiáticas

RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O tamarindeiro está tão adaptado às terras brasileiras que muitos se surpreendem ao descobrir que a árvore é nativa das savanas da África.
Mas seu nome vem de outra parte. Conhecido dos indianos desde tempos pré-históricos, o fruto foi batizado de tâmara da Índia pelos árabes, que acreditavam ser aquela sua origem.
Segundo os pesquisadores Edvan Alves Chagas e José Emílio Bettiol Neto, do IAC (Instituto Agronômico), trata-se de uma árvore de fácil cultivo. "São plantas bastante rústicas e com pouca incidência de pragas e doenças. Por isso, vivem aproximadamente cem anos, com uma produtividade ao redor de 100 a 300 quilos de vagem por árvore."
A vagem é o próprio fruto. O tamarindo tem formato oval e achatado, com casca resistente marrom, e abriga pequenas sementes em seu interior. A polpa, escassa e agridoce, é muito apreciada na culinária de alguns países asiáticos.
Serve não só ao preparo de sorvete, doces e balas mas também pode ser consumida ao natural. Em forma de um creme concentrado, é um importante condimento de certas receitas na Índia, Tailândia e Indonésia, como cozidos, conservas e chutneys. Até o molho inglês, cuja fórmula é secreta, leva tamarindo em sua composição.
De acordo com os pesquisadores do IAC, o processamento da polpa não apresenta grandes dificuldades. Inicialmente, os frutos são secos ao sol durante seis dias. Depois, as cascas são quebradas para a retirada da polpa, que fica secando por cerca de três dias.
O fruto é rico em proteínas e minerais como potássio e cálcio, além de possuir boas doses de vitamina C e calorias (cerca de 272 por 100 g).


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