São Paulo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2004
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poucas e boas

Novo bisturi põe fim ao excesso de suor

KARINA KLINGER
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Um novo aparelho tem apresentado bons resultados nas cirurgias de hiper-hidrose, distúrbio caracterizado por suor excessivo nas mãos, nos pés, nas axilas, na face ou no couro cabeludo. O bisturi ultra-sônico, também chamado de harmônico, permite realizar incisões mais precisas, diminuindo o risco de lesões e a dor no pós-operatório.
Cerca de 1% da população mundial sofre de hiper-hidrose. Embora as causas ainda não estejam totalmente esclarecidas, já se sabe que o distúrbio está associado ao sistema nervoso autônomo, que regula algumas funções involuntárias do organismo, como o ritmo respiratório, a freqüência cardíaca e a produção de suor.
Segundo o cirurgião torácico José Ribas Milanez de Campos, do Hospital das Clínicas (SP), a estimulação nervosa dos pacientes com hiper-hidrose é maior que o normal. "O sistema nervoso simpático libera uma quantidade elevada de acetilcolina [neurotransmissor] nas terminações nervosas das glândulas sudoríparas, por isso a pessoa sua demais", explica o especialista, que já utiliza o novo bisturi ultra-sônico.
Durante o procedimento, cujo nome técnico é simpatectomia torácica endoscópica bilateral, o cirurgião faz incisões nas estruturas nervosas que estão causando o excesso de suor. Na técnica tradicional, usa-se um bisturi elétrico que atinge uma temperatura de 400C. "Como uma faca em brasa, ele literalmente frita alguns tecidos. Já o bisturi harmônico funciona como uma faca morna, a 80C, por isso queima menos, e o paciente sente menos dor", afirma Campos.
Em ambos os casos, a cirurgia é feita sob anestesia geral e exige só duas incisões externas -uma na axila e outra abaixo da mama. O médico atinge as terminações nervosas guiado por uma minicâmera de TV que é introduzida no corpo do paciente por um desses orifícios.
A operação é a única opção de tratar definitivamente a hiper-hidrose, e o grau de sucesso varia de paciente para paciente. Existem ainda tratamentos cujo efeito é temporário, entre eles o uso de cremes adstringentes e aplicações de toxina botulínica.

Dieta inadequada pode causar câncer de estômago, que mata cerca de 8.500 brasileiros por ano

Exercício cerebral O malabarismo pode melhorar a capacidade cerebral. Pesquisa da Universidade de Regensburg (Alemanha) constatou que houve aumento de massa cinzenta nas regiões do cérebro responsáveis pelo processamento de informações visuais entre os voluntários que aprenderam a fazer malabarismo.

Cinto para todos Para evitar ferimentos fatais em acidentes de carro, é necessário que todos usem cinto de segurança, orienta estudo publicado na revista científica "Journal of the American Medical Association" (EUA). O risco de morte entre os passageiros com o acessório aumenta, em média, 20% se apenas um dos ocupantes estiver sem o cinto, porque ele pode atingir os demais.

Apoio ao tratamento Mais que dar informações médicas, "Não É Questão de Boa Vontade - Convivendo com a Depressão" (176 págs., R$ 25, ed. Itália Nova, tel. 0/xx/11/3257-0220) explica como lidar melhor com os sentimentos de frustração, culpa e até raiva que a depressão gera. O livro foi escrito pelo médico Giorgio M. Bressa e pelo jornalista Johann R. Mason, ambos italianos.

Dormir para resolver Quando há um problema, o cérebro busca soluções durante o sono, segundo estudo da Universidade de Lübeck (Alemanha). No estudo, os pesquisadores mostraram um quebra-cabeça para 106 voluntários. No dia seguinte, aqueles que dormiram oito horas resolveram o enigma mais rapidamente.

Curso para pais O Movere -centro paulistano especializado em crianças e adolescentes com excesso de peso- promoverá, no dia 7/2, um curso gratuito sobre obesidade infantil que abordará temas como alimentação e exercícios e é indicado principalmente para pais de gordinhos. Há 30 vagas, e os interessados devem se inscrever pelo telefone 0/xx/11/5572-0397.


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