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Megametrópole

Lançamento residencial quadruplica em Santos

Foram 1.870 unidades até maio e 430 no mesmo período de 2011

Corrida imobiliária faz triplicar valor do terreno em 3 anos e preço de imóvel dobra em endereços nobres

CAROLINA MATOS
ENVIADA ESPECIAL A SANTOS

Os milhares de ciclistas chegam a Santos no início da manhã vindos de São Vicente são um reflexo da expansão imobiliária no município.

A multidão sobre duas rodas inclui empregados da construção civil, funcionários de condomínios e outros trabalhadores que prestam serviço diariamente na cidade a 72 quilômetros da capital.

O mercado segue aquecido, apesar da escassez e do encarecimento dos terrenos.

O número de lançamentos residenciais em Santos de janeiro a maio, 1.868 unidades, mais que quadruplicou em relação ao do mesmo período de 2011 e representa 65% do total do ano passado, segundo dados do Geoimovel, empresa de informações imobiliárias, para a Folha.

O valor do terreno triplicou em três anos, para R$ 9.000 o m² nos locais mais cobiçados, próximos à orla, e o do imóvel novo dobrou, para R$ 7.000 o m², de acordo com estimativas de mercado.

A corrida de grandes construtoras a Santos foi impulsionada pela escolha, em 2008, da cidade como base da nova sede da Petrobras para exploração do pré-sal na região e pelo projeto para duplicar a área do maior porto do país até 2024.

Áreas durante muito tempo esquecidas pelas incorporadoras se valorizaram, como a Ponta da Praia, que é a porta de entrada para o porto.

"Mesmo cara, Santos continua atraente para as incorporadoras pela demanda que se espera a partir do pré-sal", diz Celso Amaral, diretor corporativo do Geoimovel e da Amaral D´Avila Engenharia de Avaliações.

A estimativa do município é que, depois de concluída, em 2016, a nova sede da Petrobras, na região do Valongo, abrigue cerca de 7.000 funcionários, boa parte vinda de outras cidades.

"Em cinco anos, o pré-sal poderá trazer reflexos até o Grande ABC, com empresas de serviços e funcionários da Petrobras se instalando em São Bernardo do Campo, por exemplo, a cerca de 30 minutos de Santos."

Apesar de ressaltarem o bom momento do mercado santista, imobiliárias afirmam que o ritmo de venda diminuiu. "Havia demanda reprimida por imóveis de alto padrão, mas que tem sido suprida", diz Vitor Ferramacho, sócio da Mega & VMF empreendimentos imobiliários.

"Agora, vejo procura crescente por terrenos para construções do Minha Casa, Minha Vida em São Vicente, onde há áreas mais baratas e mercado para esse perfil."

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