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Resultado em SP aproxima Kassab da gestão Dilma

Prefeito indica nome para transição e deve agora distanciar-se do PSDB

PSD deve compor base aliada no Congresso e quer ministério; fusão com o PP de Maluf também é cogitada

DE SÃO PAULO

A derrota de José Serra vai sacramentar o divórcio de Gilberto Kassab com o PSDB. Sob o comando do prefeito de São Paulo, o PSD deve anunciar no início de 2013 o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014.

A aliança Serra-Kassab foi selada para as eleições municipais paulistanas de 2004, quando o tucano foi eleito prefeito. Em abril de 2006, com a renúncia de Serra para concorrer ao governo do Estado, Kassab tomou posse.

Segundo aliados, Kassab aponta como "irreversível" seu alinhamento ao governo Dilma, compondo a base aliada no Congresso e também a equipe ministerial. Na mira do PSD, estão as pastas dos Transportes e das Cidades.

Em retribuição ao apoio do PSD a Dilma, Kassab espera não ser alvo de ataques nem devassa durante a transição de seu governo para as mãos de Fernando Haddad.

Ontem, o prefeito anunciou o secretário municipal de Governo, Nelson Hervey, como o coordenador do grupo de transição por parte da atual gestão. Mais do que colaborar com dados, disse Kassab, ele pretende "estar muito próximo" do sucessor.

Com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito mantém relação protocolar. No Estado, Kassab pode concorrer ao Senado ou a vice-governador numa chapa que abrisse espaço a ele, ostentando o sonho de comandar o Palácio dos Bandeirantes.

FUSÃO COM MALUF

Kassab também poderia articular uma fusão de seu PSD com o PP, presidido em São Paulo pelo deputado federal Paulo Maluf, seu ex-aliado.

"É um bom quadro [Kassab], homem jovem, com futuro. Gosto muito dele", disse Maluf ontem. "Mas a fusão de partidos depende de muita conversa, principalmente em Brasília, com senadores e bancada de deputados."

A ideia de fusão enfrenta no Senado a oposição de Ana Amélia (PP-RS) e de Francisco Dornelles (PP-RJ), presidente nacional do PP.

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