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Emprego fácil é ponto alto para 36% dos entrevistados
Os moradores da zona sul 2 reconhecem os esforços para a manutenção da limpeza urbana, mas se
ressentem do isolamento do resto da cidade por
causa da deficiência nos transportes públicos. A
linha lilás do metrô, que circula pela região, não é
interligada às demais
DA REPORTAGEM LOCAL
A despeito de tantas reclamações
sobre desemprego por toda a cidade,
os moradores da zona denominada
sul 2 pela pesquisa Datafolha (que engloba Campo Grande, Cidade Ademar, Jabaquara, Pedreira, Santo Amaro e Socorro) acreditam que a grande
vantagem de viver em São Paulo é a
oportunidade de conseguir trabalho.
Essa opinião foi dada por 37% das pessoas questionadas pelo instituto.
O estoquista de uma loja de roupas
no largo 13 de Maio Ítalo Santana dos
Santos, 20, confirma que muitas pessoas conseguem trabalho no local,
principalmente nos meses que antecedem o Natal. "Como em todo lugar, é
melhor se a pessoa tem indicação de
alguém. Mas aqui há realmente bastante serviço."
Para o engenheiro Fernando Grodmam, 44, que mora no Jabaquara, outro fator positivo da cidade é a manutenção e a limpeza dos jardins.
"É uma das melhores coisas que a
Marta [Suplicy, do PT] tem feito pela
cidade", diz. Segundo 7% dos entrevistados, é na área de limpeza que a
prefeitura tem feito o melhor trabalho.
A pior nota, como ocorreu em toda a
cidade, foi dada para a área de segurança. Proprietária de uma loja no largo 13 de Maio, Odette Issa, 63, mora há
cerca de 30 anos na região e acha que o
maior problema do local é a violência
-opinião de 37%. "A gente vê da loja
os "trombadinhas" levarem as carteiras
e bolsas das pessoas", diz.
Metrô
A atuação da prefeitura no setor de
transporte coletivo é vista como deficiente por 9% dos entrevistados. Mas
as opiniões se dividem: 5% deles também opinam que essa é a área na qual a
administração tem tido o melhor resultado.
Na região, há grandes terminais de
ônibus, como o Santo Amaro e o Jabaquara. O metrô chegou em outubro de
2002, mas a linha não é interligada às
outras -vai do largo 13 de Maio ao
Capão Redondo. "Era necessário que
o metrô fosse até o centro. Ia melhorar
o comércio na região", diz Odette Issa.
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