São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2006

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PERNAMBUCO

Pefelista aguarda adversário do 2º turno

Adversário será definido na disputa entre Humberto Costa (PT) e Eduardo Campos (PSB), ex-ministros do governo Lula

Costa, favorito no início da campanha, sofreu abalo ao ser indiciado pela PF, por suspeita de ligação com a máfia dos vampiros


FÁBIO GUIBU
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Pela primeira vez desde a instituição do segundo turno, em 1988, Pernambuco deverá votar duas vezes para eleger um governador. Desde 1990, os pleitos estaduais são sempre decididos no primeiro turno.
A disputa atual envolve nove candidatos, mas apenas três deles têm chances de vitória: o governador José Mendonça Filho (PFL) e os ex-ministros Humberto Costa (PT) e Eduardo Campos (PSB).
As pesquisas de intenção de voto indicam que o pefelista tende a garantir um lugar no segundo turno. A outra será disputada pelos ex-ministros.
A briga promete ser acirrada. Favorito no início da campanha, Humberto Costa sofreu forte abalo ao ser indiciado pela Polícia Federal, por suposta ligação com a máfia dos vampiros. O caso foi explorado à exaustão pela aliança governista, obrigando o petista a usar boa parte de seu programa eleitoral para se defender.
O outro nome forte da oposição, Eduardo Campos, cresceu com a crise, mas, na semana passada, uma gravação envolvendo Milton Coelho, presidente do PSB pernambucano e candidato à Assembléia, forneceu munição ao governador.
A gravação mostra Coelho em uma suposta negociação de contribuição ilegal de recursos de campanha. O áudio do "escândalo da sacolinha", como ficou conhecido o caso, foi reproduzido diariamente na propaganda de TV de Mendonça.
O governador e os socialistas protocolaram ações na Justiça Eleitoral solicitando a investigação da denúncia. O presidente do PSB estadual se licenciou do cargo e disse, em nota, que é vítima de armação política.
Unidos por um pacto de não-agressão, Costa e Campos também atacaram o pefelista, responsabilizando o governo pela violência no Estado e pelos aumentos na conta de luz.
Também acusaram Mendonça de prometer obras que poderia ter feito nos oito anos de governo. Eleito duas vezes vice-governador de Jarbas Vasconcelos (PMDB), ele assumiu o cargo quando o titular renunciou para disputar o Senado.
O efeito das acusações sobre os indecisos poderá ser determinante, já que as propostas são praticamente iguais. Os três dizem que vão construir hospitais e reduzir a violência, investindo no aparelhamento e formação dos policiais, além de reduzir a tarifa de luz.


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