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PERNAMBUCO
Pefelista aguarda adversário do 2º turno
Adversário será definido na disputa entre Humberto Costa (PT) e Eduardo Campos (PSB), ex-ministros do governo Lula
Costa, favorito no início da campanha, sofreu abalo ao ser indiciado pela PF, por suspeita de ligação com
a máfia dos vampiros
FÁBIO GUIBU
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
Pela primeira vez desde a instituição do segundo turno, em
1988, Pernambuco deverá votar duas vezes para eleger um
governador. Desde 1990, os
pleitos estaduais são sempre
decididos no primeiro turno.
A disputa atual envolve nove
candidatos, mas apenas três deles têm chances de vitória: o governador José Mendonça Filho
(PFL) e os ex-ministros Humberto Costa (PT) e Eduardo
Campos (PSB).
As pesquisas de intenção de
voto indicam que o pefelista
tende a garantir um lugar no segundo turno. A outra será disputada pelos ex-ministros.
A briga promete ser acirrada.
Favorito no início da campanha, Humberto Costa sofreu
forte abalo ao ser indiciado pela
Polícia Federal, por suposta ligação com a máfia dos vampiros. O caso foi explorado à
exaustão pela aliança governista, obrigando o petista a usar
boa parte de seu programa eleitoral para se defender.
O outro nome forte da oposição, Eduardo Campos, cresceu
com a crise, mas, na semana
passada, uma gravação envolvendo Milton Coelho, presidente do PSB pernambucano e
candidato à Assembléia, forneceu munição ao governador.
A gravação mostra Coelho
em uma suposta negociação de
contribuição ilegal de recursos
de campanha. O áudio do "escândalo da sacolinha", como ficou conhecido o caso, foi reproduzido diariamente na propaganda de TV de Mendonça.
O governador e os socialistas
protocolaram ações na Justiça
Eleitoral solicitando a investigação da denúncia. O presidente do PSB estadual se licenciou
do cargo e disse, em nota, que é
vítima de armação política.
Unidos por um pacto de não-agressão, Costa e Campos também atacaram o pefelista, responsabilizando o governo pela
violência no Estado e pelos aumentos na conta de luz.
Também acusaram Mendonça de prometer obras que poderia ter feito nos oito anos de governo. Eleito duas vezes vice-governador de Jarbas Vasconcelos (PMDB), ele assumiu o
cargo quando o titular renunciou para disputar o Senado.
O efeito das acusações sobre
os indecisos poderá ser determinante, já que as propostas
são praticamente iguais. Os
três dizem que vão construir
hospitais e reduzir a violência,
investindo no aparelhamento e
formação dos policiais, além de
reduzir a tarifa de luz.
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