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MÉDICI PEDE DARIO, MALUF DÁ FUSCAS
DA REPORTAGEM LOCAL
A conquista do tricampeonato, no México, veio na Copa do Mundo em que futebol
e política mais caminharam
juntos no Brasil, unidos pela
ditadura militar.
Fanático por futebol e fazendo da seleção que foi ao
México um dos pilares do patriotismo "pra frente, Brasil", o general Emílio Garrastazu Médici queria a convocação do atacante Dario.
Recebeu como resposta de
João Saldanha, que era o
treinador da equipe nacional, que o presidente deveria
cuidar de seu ministério enquanto ele cuidava da escalação da seleção brasileira.
Esse foi mais um motivo para o comunista -e
pavio curto- Saldanha
deixar o cargo meses antes do Mundial mexicano.
Deu lugar a Zagallo, que
acabou chamando Dario.
Durante sua longa carreira nas mais diferentes
funções na seleção brasileira, Zagallo sempre teve
bom relacionamento com
quem mandava. Isso
ocorreu tanto na CBD -e
depois na CBF- como na
capital do país (primeiro,
Rio e, depois, Brasília).
A primorosa conquista
também abriu espaço para políticos aliados dos
militares faturarem.
Foi o que fez, por exemplo, o então prefeito paulistano Paulo Maluf. Com
dinheiro público, ele deu
de presente um Fusca para cada um dos 22 campeões mundiais. °
(PC)
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