São Paulo, domingo, 02 de maio de 2010

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MÉDICI PEDE DARIO, MALUF DÁ FUSCAS

DA REPORTAGEM LOCAL

A conquista do tricampeonato, no México, veio na Copa do Mundo em que futebol e política mais caminharam juntos no Brasil, unidos pela ditadura militar.
Fanático por futebol e fazendo da seleção que foi ao México um dos pilares do patriotismo "pra frente, Brasil", o general Emílio Garrastazu Médici queria a convocação do atacante Dario.
Recebeu como resposta de João Saldanha, que era o treinador da equipe nacional, que o presidente deveria cuidar de seu ministério enquanto ele cuidava da escalação da seleção brasileira.
Esse foi mais um motivo para o comunista -e pavio curto- Saldanha deixar o cargo meses antes do Mundial mexicano. Deu lugar a Zagallo, que acabou chamando Dario.
Durante sua longa carreira nas mais diferentes funções na seleção brasileira, Zagallo sempre teve bom relacionamento com quem mandava. Isso ocorreu tanto na CBD -e depois na CBF- como na capital do país (primeiro, Rio e, depois, Brasília).
A primorosa conquista também abriu espaço para políticos aliados dos militares faturarem.
Foi o que fez, por exemplo, o então prefeito paulistano Paulo Maluf. Com dinheiro público, ele deu de presente um Fusca para cada um dos 22 campeões mundiais. ° (PC)


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